Sábado, 28 de dezembro de 2024

Moraes humilha Bolsonaro e a oposição celebra

A nova humilhação pública imposta ao presidente Bolsonaro por um ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, em pleno ano eleitoral, faz lembrar o dito popular sobre “cutucar onça com vara curta”. O ministro fez a oposição celebrar sua ordem para depoimento na polícia, e não em data e local à escolha do presidente, como prevê a Constituição, ou mesmo por escrito. O temor, em Brasília, é que, acusada, a “onça cutucada” resolva “chutar o pau da barraca”.

E aí, vai prender?
A dúvida é o que o ministro fará, caso Bolsonaro desobedeça a ordem. “Moraes sonha com isso”, adverte um ponderado ministro militar.

Ano será animado
No governo, Moraes é considerado um dos maiores adversários do presidente neste ano eleitoral, e o ato desta quinta (27) é só o começo.

Tendência é piorar
É nesse clima, certamente ainda mais tenso, que Moraes assumirá a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no segundo semestre.

Pintado para a guerra
O TSE mostrou estar “pintado para a guerra” ao nomear o ex-ministro da Defesa e general Fernando Azevedo, como diretor-geral do tribunal.

Visita à Rússia prioriza agronegócio brasileiro
A convite de Vladimir Putin, que reiterou o gesto em dezembro último, o presidente Jair Bolsonaro visitará a Rússia em fevereiro com objetivo de ampliar as relações comerciais. “Precisamos ampliar mercados para o nosso agronegócio e cuidar do abastecimento de fertilizantes para o Brasil”, disse ele a esta coluna. A Rússia é grande comprador de soja e carne suína brasileiras, além de tabaco e café. E os russos adoram o amendoim brasileiro: compra US$ 100 milhões do produto por ano.

Camarada Bolsonaro
Bolsonaro é de uma geração para a qual “russo” era sinônimo de “comunista”. Mas percebeu que Putin é tão conservador quanto ele.

Comércio e cooperação
O presidente quer ampliar o comércio com os russos de carne bovina, ainda fraco, e aprofundar a cooperação espacial e também cultural.

Mais investimentos
Bolsonaro tentará atrair investimentos no Brasil, inclusive da gigante petrolífera Gazprom, a partir da na Lei do Gás, recentemente aprovada.

Muito trabalho
O Congresso retoma os trabalhos na próxima semana, após quase um mês e meio de recesso. Está na pauta mais de 30 medidas provisórias e 37 vetos, dos quais 17 já trancam a pauta parlamentar.

Piada palaciana
No Planalto, adoram brincar com a loquacidade de Paulo Guedes. Diante de Bolsonaro, contaram a um visitante que Tarcísio Freitas (Infraestrutura) causou espanto ao falar em evento com a presença do czar da Economia. Fato raro. Todos gargalharam. O presidente, não.

Bolsonaro ambiental
Em carta à OCDE, o presidente Bolsonaro aceitou “sem hesitações” as pré-condições para o Brasil ingressar no seleto grupo dos países ricos. E exaltou as conquistas ambientais brasileiras, inclusive pós-COP26.

Acabou?
Com 82% da população de 5,8 milhões vacinados com duas doses e 50% com uma terceira dose de imunizante contra a covid, a Dinamarca anunciou que vai desobrigar uso de máscaras e suspender lockdowns.

Melhor que Dinamarca
Quase 100% dos cerca de 7,6 milhões de brasileiros de 65 a 69 anos já tomaram duas doses e 4,3 milhões (57%) receberam três doses. São 7,6 milhões de pessoas, população 50% maior que a Dinamarca.

O Senado de lá
Desde que tomou posse, o presidente dos EUA, Joe Biden, já nomeou 459 assessores, a maior parte no Departamento de Estado, o Itamaraty de lá. Dessas, 190 estão dormitando nas gavetas do Senado.

Prevenção fundamental
O Instituto Nacional de Câncer (Inca), do Ministério da Saúde, aponta que serão registrados mais de 600 mil novos casos da doença no Brasil, em 2022. Há 1,5 milhão de casos entre brasileiros.

Ação rápida
Os leitos de UTI intensiva e semi-intensiva para pacientes com Covid no DF, que estavam bloqueados, mas disponíveis, foram desbloqueados pelo governador Ibaneis Rocha nesta quinta (28).

Pensando bem…
… Bolsonaro conseguiu o feito inédito de ser criticado até por conceder aumento generoso para professores do ensino básico.

PODER SEM PUDOR

Promessa de político
Reza a lenda que Jefferson Brant saiu de Uberlândia (MG) e, em Brasília, pediu um emprego ao primo Rondon Pacheco, líder do general Emílio Médici na Câmara. “Claro! É só esperar. Você será agente administrativo da Câmara.” O tempo foi passando, e nada. O primo só dizia: “vai sair”. E advertia: “não fale para ninguém, guarde segredo”. Certo dia um jornal informou que 20 mil candidatos disputavam as vagas para agente administrativo na Câmara. Jéferson jamais esquecerá a desculpa esfarrapada do primo: “Eu não disse para não falar a ninguém? Vazou.”

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

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