Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 12 de outubro de 2024
Após a morte do humorista Ary Toledo, aos 87 anos, na manhã desse sábado (12), famosos e colegas lamentaram a perda nas redes sociais. O comediante estava internado no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, desde o dia 2 de outubro, em decorrência de uma pneumonia. O corpo dele foi velado em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo.
No post que confirmou a morte em sua conta oficial no Instagram, o humorista Giovani Braz, que trabalhou ao lado de Ary no programa do SBT “A Praça é Nossa”, escreveu: “Vai em paz mestre, que seja recebido com alegria que sempre transbordou! Meus sentimentos!”
O comediante Cleber Rosa também publicou sua homenagem no Instagram: “Perdemos hoje o grande mestre Ary Toledo, responsável por levar alegria a tantas pessoas durante tanto tempo! Obrigado mestre Ary… obrigado pelos sorrisos e pelo exemplo de amor aos palcos e à arte de contar piadas! Ary Toledo trabalhou fazendo seu show até os últimos dias!”
O comediante Diogo Portugal também se manifestou em um comentário: “Que triste! Humorista incrível!”
O jornalista Thiago Rocha também publicou a informação em seu perfil com uma foto dos dois juntos e escreveu: “Descanse em paz Ary”.
O apresentador do SBT Darlisson Dutra também se manifestou: “Que notícia triste! Uma grande referência para mim. Gravamos recentemente o Programa do Ratinho e ele elogiou o meu humor e minhas piadas. Descanse em paz. Você nos fez sorrir muito”.
Vida e carreira
Ary Toledo nasceu em 22 de agosto de 1937, filho de Desolina Christoni e Antônio de Toledo, um trabalhador ferroviário. Natural de Martinópolis (SP), ele passou sua infância em Ourinhos (SP). Aos 22 anos, transferiu-se para São Paulo, onde começou sua carreira como ator no Teatro de Arena.
Sua primeira canção foi criada no início dos anos 60, e em 1965 ele lançou “Tiradentes”, que fez grande sucesso. Tornou-se conhecido como cantor ao se apresentar em diversos programas de TV, destacando-se especialmente com a canção “Pau de Arara”, de Vinicius de Moraes e Carlos Lyra.
Na mesma época, participou do filme “Esse Mundo é Meu” (1964).
Cinco anos depois, decidiu se dedicar integralmente ao humor, realizando shows cheios de piadas, sob a influência de figuras como Vinicius de Moraes e Elis Regina. Muitas de suas piadas se tornaram memoráveis.
Toledo manteve sua carreira de comediante, mesmo durante a ditadura militar. Em um momento delicado, ele foi preso devido a uma piada que dizia: “Quem não tem cão, caça com gato, e quem não tem gato, cassa com ato”, uma crítica ao AI-5.
No dia 13 de dezembro de 1968, durante um show político, foi detido pelo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) por conta dessa piada, um dia após a promulgação do ato. Ele passou por mais duas prisões, mas em uma delas, o coronel que o deteve era seu admirador e acabou o libertando.
Na década de 70, destacou-se no “Show de Calouros”, apresentado por Silvio Santos, onde se tornou o contador oficial de piadas do programa.
Essa participação o projetou em todo o Brasil. Ele também integrou o elenco do humorístico “A Praça É Nossa” e fez várias aparições em programas de humor de emissoras como TV Tupi e Record.
Após anos na televisão, Toledo decidiu se afastar da telinha para focar em apresentações em teatros e shows. Além disso, lançou livros e discos com suas piadas. Durante a pandemia de covid, revelou que escreveu mais de 5 mil novas piadas.
Toledo foi casado por mais de 40 anos com Marly Marley, atriz, diretora de teatro e jurada do Programa Raul Gil, que faleceu em 2014.