Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

“Mussum é um personagem tão grande que precisa de três atores para dar vida”, diz o ator Ailton Graça sobre filme que conta história do humorista

Antônio Carlos Bernardes Gomes (1941-1994) foi um cantor, compositor, ator e comediante brasileiro de muito sucesso. Apesar de ter ficado conhecido por todo Brasil com seu nome artístico, Mussum, existe um lugar onde sempre foi “apenas” Carlinhos: a Mangueira. E foi a quadra da tradicional escola de samba carioca o lugar escolhido para receber a pré-estreia de “Mussum, o filmis”, após passagens pelo Festival de Gramado, onde recebeu o Kikito de melhor filme, e o Festival do Rio.

Na trama, Mussum é interpretado por Thawan Lucas Bandeira (infância), Yuri Marçal (juventude) e Ailton Graça (fase adulta). Os três se reencontraram durante a pré-estreia na comunidade carioca.

“Para viver o Mussum, só o Antônio Carlos. Agora, para retratar o Antônio Carlos, precisa de três atores. É um personagem tão grande que precisa de três atores para dar vida”, conta Ailton, de 59 anos, ao lado de Yuri, de 30, e Thawan, de 15, na Manqueira. “Fico muito feliz com a sensação de ter cumprido a missão de fazer uma homenagem com muito amor e carinho para esse cara genial.”

Dirigido por Silvio Guindane, com roteiro de Paulo Cursino, o longa retrata a vida do artista desde a infância até o auge da fama com os Trapalhões — sem deixar de lado, é claro, o período como integrante do grupo Os Originais do Samba. O lançamento comercial está previsto para o dia 2 de novembro.

O trio de “Mussuns” demonstra muita afinidade durante a conversa, fruto de uma experiência diferenciada durante a produção. No processo de ensaios, o diretor fez com que cada ator lesse as falas de Mussum em fases diferentes da que interpretava.

Ailton foi o primeiro do elenco a entrar para o projeto, há quase dez anos. Em 2012, enquanto trabalhava em “Até que a sorte nos separe”, o ator ouviu do diretor e produtor Roberto Santucci que ele merecia um papel de protagonista no cinema. Dois anos depois, Santucci comprou os direitos de adaptação de “Mussum Forévis — samba, mé e Trapalhões”, a biografia de Mussum escrita pelo jornalista Juliano Barreto.

Ailton conta que virou mangueirense na juventude mesmo sendo de São Paulo por causa do humorista.

Os outros dois “Mussuns”, por sua vez, foram selecionados através de testes, anos mais tarde, já com Guindane à frente da direção.

Thawan ficou em evidência aos 7 anos, após dividir o palco com o sambista Wilson das Neves (1936-2017) na abertura da Olimpíada do Rio, em 2016. Sete anos depois, ocupa lugar de destaque na Mangueira, onde foi passista mirim e desfilou nos últimos anos. Apesar de ter nascido anos após a morte de seu biografado, o jovem revela que estudou muito e aprendeu a admirá-lo.

Já Yuri lembra que tinha apenas 1 ano quando o artista faleceu, mas ainda assim teve a oportunidade de crescer assistindo a reprises dos Trapalhões na TV.

Mais conhecido pela trajetória na comédia stand-up, Yuri comemora o papel como uma oportunidade de mostrar uma outra faceta ao público, mais dramática. O ator soube que estavam sendo realizados testes para o filme através da atriz Jennifer Dias, sua noiva, com quem divide cenas na produção. Ele brinca que o teste foi muito especial para ele, mas que sofreu um bloqueio de como foi, sem se lembrar de nada, e que só sabe que foi bem porque acabou recebendo o papel.

“O Mussum é o brasileiro nato. É o cara que zoa, que bebe, que gosta de futebol, de samba. Sempre foi uma referência para mim como comediante preto, junto com Jorge Lafond e Hélio de la Peña”, destaca Yuri. “Antes tivemos Grande Otelo, mas sempre foram poucas as nossas referências pretas. É importante estarmos sempre colocando eles na devida posição de ídolos e mostrar pra galera preta um protagonista gigante, como era o Mussum, que até hoje é um meme, mesmo depois de tanto tempo.”

Ailton, Yuri e Thawan são unânimes em apontar a importância de Silvio Guindane no processo e no resultado do longa. Ailton reforça a importância de ter um cineasta preto à frente da história, e destaca o papel de aliado do produtor Roberto Santucci ao admitir que, como homem branco, não era a pessoa ideal para tocar o projeto.

“A experiência no set foi maravilhosa. O Silvio juntava a gente para cada um pegar a energia do outro como Mussum e fazer esse troca magnífica”, conta Thawan, que, além de Mussum, já interpretou Pixinguinha nos cinemas (em “Pixinguinha, um homem carinhoso”, de 2021).

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“Mussum é um personagem tão grande que precisa de três atores para dar vida”, diz o ator Ailton Graça sobre filme que conta história do humorista

Antônio Carlos Bernardes Gomes (1941-1994) foi um cantor, compositor, ator e comediante brasileiro de muito sucesso. Apesar de ter ficado conhecido por todo Brasil com seu nome artístico, Mussum, existe um lugar onde sempre foi “apenas” Carlinhos: a Mangueira. E foi a quadra da tradicional escola de samba carioca o lugar escolhido para receber a pré-estreia de “Mussum, o filmis”, após passagens pelo Festival de Gramado, onde recebeu o Kikito de melhor filme, e o Festival do Rio.

Na trama, Mussum é interpretado por Thawan Lucas Bandeira (infância), Yuri Marçal (juventude) e Ailton Graça (fase adulta). Os três se reencontraram durante a pré-estreia na comunidade carioca.

“Para viver o Mussum, só o Antônio Carlos. Agora, para retratar o Antônio Carlos, precisa de três atores. É um personagem tão grande que precisa de três atores para dar vida”, conta Ailton, de 59 anos, ao lado de Yuri, de 30, e Thawan, de 15, na Manqueira. “Fico muito feliz com a sensação de ter cumprido a missão de fazer uma homenagem com muito amor e carinho para esse cara genial.”

Dirigido por Silvio Guindane, com roteiro de Paulo Cursino, o longa retrata a vida do artista desde a infância até o auge da fama com os Trapalhões — sem deixar de lado, é claro, o período como integrante do grupo Os Originais do Samba. O lançamento comercial está previsto para o dia 2 de novembro.

O trio de “Mussuns” demonstra muita afinidade durante a conversa, fruto de uma experiência diferenciada durante a produção. No processo de ensaios, o diretor fez com que cada ator lesse as falas de Mussum em fases diferentes da que interpretava.

Ailton foi o primeiro do elenco a entrar para o projeto, há quase dez anos. Em 2012, enquanto trabalhava em “Até que a sorte nos separe”, o ator ouviu do diretor e produtor Roberto Santucci que ele merecia um papel de protagonista no cinema. Dois anos depois, Santucci comprou os direitos de adaptação de “Mussum Forévis — samba, mé e Trapalhões”, a biografia de Mussum escrita pelo jornalista Juliano Barreto.

Ailton conta que virou mangueirense na juventude mesmo sendo de São Paulo por causa do humorista.

Os outros dois “Mussuns”, por sua vez, foram selecionados através de testes, anos mais tarde, já com Guindane à frente da direção.

Thawan ficou em evidência aos 7 anos, após dividir o palco com o sambista Wilson das Neves (1936-2017) na abertura da Olimpíada do Rio, em 2016. Sete anos depois, ocupa lugar de destaque na Mangueira, onde foi passista mirim e desfilou nos últimos anos. Apesar de ter nascido anos após a morte de seu biografado, o jovem revela que estudou muito e aprendeu a admirá-lo.

Já Yuri lembra que tinha apenas 1 ano quando o artista faleceu, mas ainda assim teve a oportunidade de crescer assistindo a reprises dos Trapalhões na TV.

Mais conhecido pela trajetória na comédia stand-up, Yuri comemora o papel como uma oportunidade de mostrar uma outra faceta ao público, mais dramática. O ator soube que estavam sendo realizados testes para o filme através da atriz Jennifer Dias, sua noiva, com quem divide cenas na produção. Ele brinca que o teste foi muito especial para ele, mas que sofreu um bloqueio de como foi, sem se lembrar de nada, e que só sabe que foi bem porque acabou recebendo o papel.

“O Mussum é o brasileiro nato. É o cara que zoa, que bebe, que gosta de futebol, de samba. Sempre foi uma referência para mim como comediante preto, junto com Jorge Lafond e Hélio de la Peña”, destaca Yuri. “Antes tivemos Grande Otelo, mas sempre foram poucas as nossas referências pretas. É importante estarmos sempre colocando eles na devida posição de ídolos e mostrar pra galera preta um protagonista gigante, como era o Mussum, que até hoje é um meme, mesmo depois de tanto tempo.”

Ailton, Yuri e Thawan são unânimes em apontar a importância de Silvio Guindane no processo e no resultado do longa. Ailton reforça a importância de ter um cineasta preto à frente da história, e destaca o papel de aliado do produtor Roberto Santucci ao admitir que, como homem branco, não era a pessoa ideal para tocar o projeto.

“A experiência no set foi maravilhosa. O Silvio juntava a gente para cada um pegar a energia do outro como Mussum e fazer esse troca magnífica”, conta Thawan, que, além de Mussum, já interpretou Pixinguinha nos cinemas (em “Pixinguinha, um homem carinhoso”, de 2021).

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Antônio Carlos Bernardes Gomes (1941-1994) foi um cantor, compositor, ator e comediante brasileiro de muito sucesso. Apesar de ter ficado conhecido por todo Brasil com seu nome artístico, Mussum, existe um lugar onde sempre foi “apenas” Carlinhos: a Mangueira. E foi a quadra da tradicional escola de samba carioca o lugar escolhido para receber a pré-estreia de “Mussum, o filmis”, após passagens pelo Festival de Gramado, onde recebeu o Kikito de melhor filme, e o Festival do Rio.

Na trama, Mussum é interpretado por Thawan Lucas Bandeira (infância), Yuri Marçal (juventude) e Ailton Graça (fase adulta). Os três se reencontraram durante a pré-estreia na comunidade carioca.

“Para viver o Mussum, só o Antônio Carlos. Agora, para retratar o Antônio Carlos, precisa de três atores. É um personagem tão grande que precisa de três atores para dar vida”, conta Ailton, de 59 anos, ao lado de Yuri, de 30, e Thawan, de 15, na Manqueira. “Fico muito feliz com a sensação de ter cumprido a missão de fazer uma homenagem com muito amor e carinho para esse cara genial.”

Dirigido por Silvio Guindane, com roteiro de Paulo Cursino, o longa retrata a vida do artista desde a infância até o auge da fama com os Trapalhões — sem deixar de lado, é claro, o período como integrante do grupo Os Originais do Samba. O lançamento comercial está previsto para o dia 2 de novembro.

O trio de “Mussuns” demonstra muita afinidade durante a conversa, fruto de uma experiência diferenciada durante a produção. No processo de ensaios, o diretor fez com que cada ator lesse as falas de Mussum em fases diferentes da que interpretava.

Ailton foi o primeiro do elenco a entrar para o projeto, há quase dez anos. Em 2012, enquanto trabalhava em “Até que a sorte nos separe”, o ator ouviu do diretor e produtor Roberto Santucci que ele merecia um papel de protagonista no cinema. Dois anos depois, Santucci comprou os direitos de adaptação de “Mussum Forévis — samba, mé e Trapalhões”, a biografia de Mussum escrita pelo jornalista Juliano Barreto.

Ailton conta que virou mangueirense na juventude mesmo sendo de São Paulo por causa do humorista.

Os outros dois “Mussuns”, por sua vez, foram selecionados através de testes, anos mais tarde, já com Guindane à frente da direção.

Thawan ficou em evidência aos 7 anos, após dividir o palco com o sambista Wilson das Neves (1936-2017) na abertura da Olimpíada do Rio, em 2016. Sete anos depois, ocupa lugar de destaque na Mangueira, onde foi passista mirim e desfilou nos últimos anos. Apesar de ter nascido anos após a morte de seu biografado, o jovem revela que estudou muito e aprendeu a admirá-lo.

Já Yuri lembra que tinha apenas 1 ano quando o artista faleceu, mas ainda assim teve a oportunidade de crescer assistindo a reprises dos Trapalhões na TV.

Mais conhecido pela trajetória na comédia stand-up, Yuri comemora o papel como uma oportunidade de mostrar uma outra faceta ao público, mais dramática. O ator soube que estavam sendo realizados testes para o filme através da atriz Jennifer Dias, sua noiva, com quem divide cenas na produção. Ele brinca que o teste foi muito especial para ele, mas que sofreu um bloqueio de como foi, sem se lembrar de nada, e que só sabe que foi bem porque acabou recebendo o papel.

“O Mussum é o brasileiro nato. É o cara que zoa, que bebe, que gosta de futebol, de samba. Sempre foi uma referência para mim como comediante preto, junto com Jorge Lafond e Hélio de la Peña”, destaca Yuri. “Antes tivemos Grande Otelo, mas sempre foram poucas as nossas referências pretas. É importante estarmos sempre colocando eles na devida posição de ídolos e mostrar pra galera preta um protagonista gigante, como era o Mussum, que até hoje é um meme, mesmo depois de tanto tempo.”

Ailton, Yuri e Thawan são unânimes em apontar a importância de Silvio Guindane no processo e no resultado do longa. Ailton reforça a importância de ter um cineasta preto à frente da história, e destaca o papel de aliado do produtor Roberto Santucci ao admitir que, como homem branco, não era a pessoa ideal para tocar o projeto.

“A experiência no set foi maravilhosa. O Silvio juntava a gente para cada um pegar a energia do outro como Mussum e fazer esse troca magnífica”, conta Thawan, que, além de Mussum, já interpretou Pixinguinha nos cinemas (em “Pixinguinha, um homem carinhoso”, de 2021).

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