Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Nasa escolhe a SpaceX para construir nave que vai tirar a Estação Espacial Internacional de órbita; entenda

A Nasa (agência espacial norte-americana) anunciou que selecionou a fabricante aeroespacial SpaceX, do magnata Elon Musk, para construir uma nave que vai transportar a Estação Espacial Internacional (EEI) de volta à atmosfera terrestre e ao seu local de descanso final no Oceano Pacífico após sua retirada em 2030. A empresa ganhou um contrato com um valor de 843 milhões de dólares para desenvolver e entregar a aeronave, batizada de “US Deorbit Vehicle”.

“Selecionar um ‘US Deorbit Vehicle’ para a Estação Espacial Internacional ajudará a Nasa e seus parceiros internacionais a garantir uma transição segura e responsável na órbita terrestre baixa ao final das operações da estação”, disse em comunicado Ken Bowersox, funcionário da agência espacial norte-americana.

A Nasa planeja adquirir a propriedade da espaçonave depois de sua construção pela SpaceX e controlar as operações durante toda a missão. Com um peso de 430 mil kg, a EEI é, de longe, a maior estrutura individual já construída no espaço.

Baseados em observações anteriores sobre como outras estações como Mir e Skylab se desintegraram durante a reentrada atmosférica, os engenheiros da agência espacial norte-americana esperam que a estação orbital se decomponha em três etapas.

Grande parte do material se vaporizará, mas espera-se que grandes pedaços sobrevivam. Por essa razão, a Nasa visa uma área do Oceano Pacífico chamada Point Nemo, uma das mais remotas do mundo e conhecida como o “cemitério” de satélites e naves espaciais.

O primeiro módulo da EEI foi lançado em 1998 e tem sido habitado continuamente por uma tripulação internacional desde 2001. Estados Unidos, Japão, Canadá e os países membros da Agência Espacial Europeia (ESA) comprometeram-se a operar o laboratório de microgravidade até 2030, enquanto a Rússia, o quinto parceiro, comprometeu-se apenas até 2028.

A Nasa define a Estação Espacial Internacional como uma “plataforma científica única onde os membros da tripulação realizam experiências em múltiplas disciplinas de investigação, incluindo ciências terrestres e espaciais, biologia, fisiologia humana, ciências físicas e demonstrações de tecnologia que não são possíveis na Terra”.

Várias empresas estão trabalhando em sucessores comerciais da EEI, incluindo Axiom Space e Blue Origin, do bilionário Jeff Bezos.

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