Sábado, 11 de janeiro de 2025

Nasa explora duas opções para reduzir custos e acelerar missão de retorno de amostras a Marte

Após uma revisão independente apontar que os planos da Nasa para coletar e trazer amostras de rochas e solo de Marte por meio de robôs poderiam atingir custos de até US$ 11 bilhões, a agência optou por reavaliar sua abordagem. Segundo o administrador da Nasa, Bill Nelson, o foco agora está em duas alternativas para reduzir gastos e acelerar o cronograma da missão.

A primeira proposta envolve o uso do sistema de pouso “guindaste aéreo”, já testado com sucesso pelos rovers Curiosity e Perseverance. Essa opção incluiria uma espaçonave menor para a coleta das amostras, um foguete reduzido para enviá-las à órbita de Marte e uma nave da Agência Espacial Europeia encarregada de capturá-las e trazê-las de volta à Terra.

O plano é semelhante à proposta original, mas tecnologicamente menos complexo e mais econômico, já que a arquitetura inicial foi descartada devido aos altos custos e à previsão de retorno das amostras apenas na década de 2040. A primeira opção está estimada entre US$ 6,6 bilhões e US$ 7,7 bilhões, com potencial para trazer as amostras de volta entre 2035 e 2039, dependendo do financiamento aprovado pelo Congresso.

A segunda alternativa envolveria a colaboração com empresas como SpaceX, Blue Origin ou outras para desenvolver uma nave de pouso “pesada” capaz de levar a espaçonave de coleta à superfície de Marte, juntamente com o Veículo de Ascensão de Marte necessário para enviar as amostras à órbita. Lá, uma espaçonave da Agência Espacial Europeia capturaria o material e o retornaria à Terra.

Assim como na primeira opção, o prazo estimado para o retorno das amostras seria entre o meio e o final da década de 2030. Em ambos os casos, a nave espacial de coleta de amostras dependeria de um gerador termoelétrico de radioisótopos, ou RTG, em vez de painéis solares, tornando a nave imune a tempestades de poeira que bloqueiam a luz solar e evitando que o propelente sólido no MAV fique muito frio.

“A Nasa vai explorar duas opções potenciais, possibilidades de arquitetura”, disse Nelson. “A decisão ao longo do tempo, com toda a engenharia que tem que ser aplicada, a decisão final (sobre qual opção seguir) provavelmente virá em 2026.”

Ele disse que não discutiu o replanejamento da missão com o governo Trump ou com o administrador indicado Jared Isaacman e não sabe que nível de apoio eles podem oferecer.

Originalmente concebida como a mais complexa missão robótica de ciência planetária, a Mars Sample Return (MSR) exigiria uma ampla estrutura tecnológica, incluindo um novo módulo de recuperação de amostras, helicópteros pequenos para coleta e um foguete de combustível sólido para lançar o material à órbita de Marte.

Uma vez em órbita, as amostras seriam capturadas por uma nave da Agência Espacial Europeia e trazidas à Terra para análise laboratorial detalhada.

A Nasa inicialmente planejava lançar a missão em 2028, com um custo estimado de quase US$ 6 bilhões. No entanto, em setembro de 2023, uma revisão independente concluiu que o projeto era inviável devido às restrições orçamentárias, prazos irrealistas e problemas na estrutura de gestão.

De acordo com o painel, a missão dificilmente poderia ser lançada antes de 2030 e custaria entre US$ 8,4 bilhões e US$ 10,9 bilhões, dependendo do modelo final adotado. A revisão levou a Nasa a reconsiderar seus planos, priorizando alternativas que reduzam os custos e ajustem os prazos para garantir o retorno das amostras.

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