Quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 31 de julho de 2024
Um vídeo divulgado pela Nasa mostra como uma nuvem de dióxido de carbono se move pela atmosfera da Terra. De acordo com a agência espacial americana, a nuvem de gás poluente resulta da contaminação atmosférica causada, principalmente, por usinas de energia, queima de combustíveis fósseis, incêndios florestais e aglomerações urbanas.
O gás carbônicos é uma das substâncias que mais contribuem para as mudanças climáticas. O Acordo de Paris, assinado por mais de 190 países em 2015, prevê metas para frear a quantidade de poluentes despejados na atmosfera na tentativa de barrar o aquecimento global As imagens foram captadas entre janeiro e março de 2020 e divulgadas agora pelo Scientific Visualization Studio, da Nasa.
“Estamos tentando registrar de onde vem o carbono e como isso afeta o planeta”, disse a cientista climática da Nasa Lesley Ott, em comunicado divulgado pela agência espacial. “A esperança é que, se entendermos bem os gases de efeito estufa hoje, seremos capazes de construir modelos que os prevejam melhor nas próximas décadas ou séculos.”
De acordo com a cientista, o gás que, nas imagens, paira sobre China, Estados Unidos e Sul da Ásia originou-se de usinas de energia, indústrias, além de emissões de carros e caminhões. “Queríamos realmente destacar as regiões densas porque essa é a característica interessante dos dados.”
“Estávamos tentando mostrar que há muita densidade (de gás poluente) sobre Nova York e Pequim”, disse Andrew Christensen, designer de visualização no Centro de Voos Espaciais Goddard, da Nasa.
Já na América do Sul e na África, a nuvem de poluição foi formada, por incêndios, desmatamento e pela queima de petróleo e carvão, segundo a Nasa. Mais tarde, naquele ano, o Brasil foi um dos grandes epicentros das queimadas, com um recorde de focos registrados no Pantanal, que deixou milhares de animais mortos.
Outro planeta
Cientistas revelaram a descoberta de um planeta com uma órbita extremamente longa, o Epsilon Indi Ab, localizado a 12 anos-luz da Terra. O exoplaneta (um planeta fora do Sistema Solar) tem aproximadamente o mesmo diâmetro de Júpiter, mas com seis vezes a sua massa. Sua atmosfera também é rica em hidrogênio, como a do nosso gigante gasoso.
Uma grande diferença, porém, é que o Epsilon Indi Ab demora mais de 100 anos, talvez até 250 anos, para dar uma volta completa em torno de sua estrela. Ele também está bem mais longe do seu astro, numa distância cerca de 15 vezes maior do que a Terra está do Sol.
Os cientistas já suspeitavam há muito tempo que um grande planeta orbitava essa estrela. No entanto, ele não era tão massivo nem tão distante do seu astro quanto se imaginava. Com as novas observações, foi confirmado que o Epsilon Indi Ab realmente orbita a sua estrela Epsilon Indi A, que faz parte de um sistema com três estrelas.
Uma equipe internacional liderada pelo Instituto Max Planck de Astronomia, na Alemanha, coletou as imagens no ano passado e publicou os resultados na revista científica “Nature”.