Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 8 de junho de 2023
Vídeos e fotos feitas por pessoas comuns poderão ser utilizados pela Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) para identificar objetos voadores não identificados (óvnis) na atmosfera terrestre.
A recomendação de usar os dados de smartphones para coletar informações sobre possíveis avistamentos foi feita pelo Escritório de Resolução de Anomalias de Todos os Domínios (AARO, na sigla em inglês), um órgão vinculado à Secretaria de Defesa dos EUA.
Sean Kirkpatrick, diretor do AARO, sugeriu que a Nasa use “dados não classificados de origens coletivas” na busca por óvnis. Isso inclui fotos e vídeos de possíveis objetos ou outras anomalias gravados por cidadãos comuns em todo o país.
Na avaliação de Kirkpatrick, a Nasa deve reunir e avaliar esses dados, além de propor um formato específico para que as informações sejam enviadas às autoridades.
Além de óvnis, o objetivo da medida seria também coletar mais detalhes de fenômenos aéreos não identificados (UAPs, na sigla em inglês).
Apesar da proposta de crowdsourcing de fotos e vídeos, a Nasa e o AARO reconhecem que as imagens feitas por smartphones teriam “valor limitado” devido à resolução das câmeras, especialmente se comparados aos equipamentos que a agência possui.
As recomendações foram feitas durante a primeira reunião pública para apresentação de resultados da força-tarefa independente criada pela Nasa em setembro do ano passado para estudar os UAPS.
Durante a apresentação dos dados, os especialistas afirmaram que analisaram mais de 800 casos de avistamentos, mas não chegaram a conclusões específicas. Um relatório completo sobre as investigações deve ser publicado nas próximas semanas.
A Nasa e o AARO disseram que os pesquisadores precisam de dados melhores e mais confiáveis para ajudar a categorizar e identificar o que está por trás dos avistamentos de objetos estranhos nos céus.
As agências estão avaliando como a inteligência artificial poderia ser usada para ajudar a estudar, relatar e identificar óvnis no futuro.
O painel que integra a força-tarefa também recomendou que a Nasa crie parcerias internacionais para construir uma comunidade científica para revisar os avistamentos, mas ressaltou que os dados atuais ainda são muito limitados.