Sábado, 28 de dezembro de 2024

Natal: saiba como dar um bom presente, de acordo com a ciência

Assim como a ceia e a família reunida, presentes são uma das tradições de Natal. E, talvez, a mais difícil delas. Isso porque escolher um presente que agrade o outro nem sempre é tarefa fácil. Ganhar um presente que não agradou tanto, também não é agradável e assim continua o círculo vicioso.

Pesquisadores Universidade da Virgínia Ocidental em Morgantown, nos EUA, decidiram então tentar entender por que é tão difícil e parecem ter encontrado a resposta. De acordo com um estudo publicado na revista científica Journal of Consumer Psychology, em vez de dar um presente que agrade o destinatário, as pessoas muitas vezes dão presentes que satisfazem os seus próprios desejos – por exclusividade, aprovação social ou como uma piada. E é aí que surge o problema.

O tópico pode parecer um pouco fútil para ser tema de pesquisa, mas a verdade é que esse tipo de estudo pode ajudar as lojas que ficam inundadas com um alto volume de trocas e devoluções de mercadorias após o Natal, justamente porque não gostaram do presente, e ainda pode ajudar a consolidar as relações sociais ao auxiliar as pessoas a como escolher o presente ideal.

Em entrevista ao portal especializado Science News, Julian Givi, especialista em marketing e psicólogo e um dos autores do estudo, explica que existem diversas “normas sociais” que atrapalham o ato de presentear alguém. Por exemplo, muitas pessoas acham que não é socialmente aceitável presentear alguém com uma coisa usada. Mas se esse item é o que o destinatário deseja, não tem problema nenhum.

Outro exemplo é o embrulho para presente. Se alguém tem R$ 50 reais para comprar um presente, essa pessoa tende a gastar R$ 40 no presente e outros R$ 10 em um embrulho bonito, quando o destinatário preferiria um presente melhor, sem embrulho ou com um embrulho mais simples.

Ou presentes parciais. Por exemplo, em uma lista com presentes de casamento na qual o pediu oito pratos, mas a pessoa só tem dinheiro para comprar metade, ela prefere comprar outra coisa do que dar o presente incompleto. Quando o destinatário não se importaria com o presente pela “metade”.

Outra dica interessante é pensar na utilidade do presente. Segundo Givi, presentes específicos são bons, claro – aliás, qualquer presente é -, mas o destinatário tende a gostar mais de coisas úteis e que eles queiram. Por exemplo, uma fonte de chocolate será algo legal, mas provavelmente uma cafeteira que é utilizada todo dia irá agradar mais do que algo que será usado raramente.

Outro artigo mostra que presentes foram de ocasiões especiais são mais apreciados. Por exemplo, um presente de R$ 10 dado em uma terça-feira aleatória de março gerará o mesmo nível de felicidade de um presente de R$ 50 no Natal.

Experiências versus objetos

Outro ponto de estudo é sobre o que é melhor, presentear com experiências ou objetos? Segundo Givi, diversas pesquisas mostram que a primeira opção agrada mais. Um estudo mostrou que as pessoas não dão experiências de presente com a frequência que os destinatários desejam.

Outro mostra que, na maioria das vezes, as experiências tornam o destinatário mais feliz do que os presentes materiais. Além disso, experiências aproximam mais os destinatários dos doadores do que os itens materiais.

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Natal: saiba como dar um bom presente, de acordo com a ciência

Assim como a ceia e a família reunida, presentes são uma das tradições de Natal. E, talvez, a mais difícil delas. Isso porque escolher um presente que agrade o outro nem sempre é tarefa fácil. Ganhar um presente que não agradou tanto, também não é agradável e assim continua o círculo vicioso.

Pesquisadores Universidade da Virgínia Ocidental em Morgantown, nos EUA, decidiram então tentar entender por que é tão difícil e parecem ter encontrado a resposta. De acordo com um estudo publicado na revista científica Journal of Consumer Psychology, em vez de dar um presente que agrade o destinatário, as pessoas muitas vezes dão presentes que satisfazem os seus próprios desejos – por exclusividade, aprovação social ou como uma piada. E é aí que surge o problema.

O tópico pode parecer um pouco fútil para ser tema de pesquisa, mas a verdade é que esse tipo de estudo pode ajudar as lojas que ficam inundadas com um alto volume de trocas e devoluções de mercadorias após o Natal, justamente porque não gostaram do presente, e ainda pode ajudar a consolidar as relações sociais ao auxiliar as pessoas a como escolher o presente ideal.

Em entrevista ao portal especializado Science News, Julian Givi, especialista em marketing e psicólogo e um dos autores do estudo, explica que existem diversas “normas sociais” que atrapalham o ato de presentear alguém. Por exemplo, muitas pessoas acham que não é socialmente aceitável presentear alguém com uma coisa usada. Mas se esse item é o que o destinatário deseja, não tem problema nenhum.

Outro exemplo é o embrulho para presente. Se alguém tem R$ 50 reais para comprar um presente, essa pessoa tende a gastar R$ 40 no presente e outros R$ 10 em um embrulho bonito, quando o destinatário preferiria um presente melhor, sem embrulho ou com um embrulho mais simples.

Ou presentes parciais. Por exemplo, em uma lista com presentes de casamento na qual o pediu oito pratos, mas a pessoa só tem dinheiro para comprar metade, ela prefere comprar outra coisa do que dar o presente incompleto. Quando o destinatário não se importaria com o presente pela “metade”.

Outra dica interessante é pensar na utilidade do presente. Segundo Givi, presentes específicos são bons, claro – aliás, qualquer presente é -, mas o destinatário tende a gostar mais de coisas úteis e que eles queiram. Por exemplo, uma fonte de chocolate será algo legal, mas provavelmente uma cafeteira que é utilizada todo dia irá agradar mais do que algo que será usado raramente.

Outro artigo mostra que presentes foram de ocasiões especiais são mais apreciados. Por exemplo, um presente de R$ 10 dado em uma terça-feira aleatória de março gerará o mesmo nível de felicidade de um presente de R$ 50 no Natal.

Experiências versus objetos

Outro ponto de estudo é sobre o que é melhor, presentear com experiências ou objetos? Segundo Givi, diversas pesquisas mostram que a primeira opção agrada mais. Um estudo mostrou que as pessoas não dão experiências de presente com a frequência que os destinatários desejam.

Outro mostra que, na maioria das vezes, as experiências tornam o destinatário mais feliz do que os presentes materiais. Além disso, experiências aproximam mais os destinatários dos doadores do que os itens materiais.

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