Sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Novas regras no Pix podem pegar clientes de surpresa; veja o que muda

A partir de 1º de novembro, o Pix terá novas regras. As mudanças determinadas pelo Banco Central (BC) têm o objetivo de aumentar a segurança dos usuários. Assim, as principais alterações impactam transferências realizadas por novos dispositivos: o valor máximo por transferência será limitado a R$ 200, desde que não ultrapasse o limite diário de R$ 1.000.

As alterações visam reduzir fraudes, mesmo quando criminosos têm acesso a login e senha da vítima. As novas regras são exclusivas para novos aparelhos e não afetam os já registrados. Caso o usuário realize a troca de celular ou computador, ele deverá cadastrá-lo em sua instituição financeira.

“Essa exigência minimiza a probabilidade de fraudadores usarem dispositivos diferentes daqueles utilizados pelo cliente para gerenciar chaves e iniciar transações Pix”, afirmou o Banco Central.

Instituições financeiras

As novas regras também se aplicam às instituições financeiras. Elas deverão adotar medidas para o cadastro, exclusão, alteração, portabilidade e reivindicação de chaves Pix, além de monitorar a movimentação de recursos nas contas.

Esse acompanhamento permite a identificação de transações fora do padrão do usuário e facilita o combate a atividades suspeitas. Também será obrigatório oferecer um canal de suporte para orientar os usuários sobre a prevenção de golpes.

Além disso, os bancos deverão revisar semestralmente os registros de fraudes para ajustar suas estratégias de segurança, incluindo limites diferenciados.
Atualmente, existem mais de 800 milhões de chaves Pix registradas, movimentando mais de R$ 5 bilhões por mês.

Novas ferramentas

Além das novas regras para o Pix em novembro, o BC trabalha em uma agenda evolutiva para o desenvolvimento de novas ferramentas e possibilidades usando o Pix como meio de pagamento. Uma delas, o Pix Automático, teve seu prazo anunciado recentemente e estará disponível a partir de 16 de junho de 2025.

Essa funcionalidade será voltada para cobranças recorrentes, como contas de água, luz, mensalidades escolares, academias e condomínios. O objetivo é facilitar os pagamentos, permitindo que sejam realizados automaticamente após autorização prévia do cliente, sem necessidade de autenticação em cada transação.

A inovação quer beneficiar tanto quem paga, com mais comodidade, quanto quem recebe, ao aumentar a eficiência e reduzir custos operacionais, além de diminuir a inadimplência.

Outra novidade, ainda em período de teste, é o Pix por Aproximação. Junto à Cielo, o Banco Central realiza um projeto-piloto por meio de aproximação das maquininhas de pagamento, de maneira semelhante às carteiras digitais. Com a funcionalidade, não será necessário entrar no aplicativo do banco para realizar pagamentos.

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