Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 16 de janeiro de 2022
Principal produtora mundial de séries, a TV dos Estados Unidos bateu um recorde em 2021. Foram exibidas 559 séries de língua inglesa, somando a programação nas redes de sinal aberto, canais pagos e streamings. É mais do que o dobro registrado dez anos atrás: 266, em 2011, antes da chamada Peak TV (TV no Auge).
Esse levantamento é feito anualmente pelo canal FX, pertencente ao grupo Disney. Até meados da década passada, o estudo era referência. Agora, perdeu um pouco de peso pelo fato de ser restritivo. Por exemplo, a pesquisa não computa séries de língua não inglesa, como a sul-coreana Round 6 e a espanhola La Casa de Papel (2017-2021), ambas da Netflix.
Em dezembro, a Variety divulgou um balanço mais amplo e chegou ao número de 752 séries exibidas na TV americana em 2021, contando com todo o tipo de atração. Dentro desse bolo, 484 foram dramas, 174 comédias, 84 animações e 10 o que a publicação rotulou de longform.
Pandemia
Voltando ao parâmetro do FX. O levantamento de 2021 mostrou um crescimento na exibição de séries em relação ao ano anterior (13%), afetado drasticamente pela pandemia de covid-19, responsável pelo adiamento de várias séries justamente para 2021 (caso de Succession).
O surto da variante ômicron do novo coronavírus assusta Hollywood atualmente, com a interrupção nas gravações de várias séries. Por enquanto, só uma decisão drástica ocorreu, o adiamento do drama musical Monarch, que iria estrear neste mês, mas ficou para a fall season (entre setembro e novembro).
Caso a situação não se agrave, 2022 deverá ser de novo recorde na pesquisa do FX. E talvez, só em 2023, é que poderá se ter um panorama mais real e normal do mercado de séries em Hollywood.
Netflix aumenta preços
A Netflix aumentou o preço de assinaturas do streaming, no Canadá e nos Estados Unidos, e um grupo de pessoas ficou extremamente contente: os acionistas. O valor de mercado da empresa subiu instantaneamente, na casa dos 2%, com cada ação valendo US$ 525 (R$ 2.892) perto do fechamento do pregão da última sexta-feira (14), em Nova York.
Existe uma diferença de preços entre os países que a Netflix opera, de acordo com leis locais e outros fatores. Pega-se os EUA, por exemplo. O plano básico ficou US$ 1 (R$ 5,51) mais caro, chegando a US$ 9,99. O pacote mais popular saltou de US$ 13,99 para US$ 15,49. E a assinatura premium foi de US$ 17,99 para US$ 19,99.
Nos EUA, o último reajuste de preços ocorreu em outubro de 2020. Enquanto no Brasil, a mudança mais recente na tabela dos planos foi aplicada em julho do ano passado.
O valor da empresa subiu (e deve manter-se em um patamar elevado) porque o aumento dos preços não resulta, necessariamente, em uma debandada de clientes. Sim, algumas pessoas dizem chega e suspendem o serviço. Mas a maioria fica. E isso deixa quem investe na empresa sorridente, pois o resultado é mais receita/faturamento.