Domingo, 08 de setembro de 2024

O presidente da CPI do 8 de janeiro vai solicitar ao ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, acesso ao conteúdo de investigações sobre atos antidemocráticos que tramitam na Corte

O presidente da CPI do 8 de janeiro, deputado federal Arthur Maia (União-BA), afirmou que vai solicitar ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acesso ao conteúdo de investigações sobre atos antidemocráticos que tramitam na Corte. Além de ser relator das ações oriundas dos ataques na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no início do ano, Moraes também é o responsável por conduzir outros inquéritos que miram investidas golpistas, como o das Fake News e o das milícias digitais.

Segundo Maia, o encontro com Moraes está previsto para ocorrer nesta terça. O parlamentar baiano reconheceu, no entanto, que o caráter sigiloso das apurações que correm no STF, em contraponto ao trabalho público da CPI, pode ser um entrave para a cessão do material por parte de Moraes:

“O Supremo está fazendo essa mesma investigação. Acontece que o STF faz uma investigação numa sala fechada, resguardado pelo sigilo. A CPI é uma investigação feita em praça pública, os documentos vão ser mostrados”, ponderou durante entrevista.

O deputado pontuou que a “visita a Moraes” tem “o propósito de conversar” sobre essas questões:

“Esse inquérito apura ataques ao Supremo há três anos. Não sei se ele estará disposto a compartilhar as informações, mas existe um inquérito em curso, e eu pretendo dialogar”, acrescentou o presidente da CPI.

Arthur Maia também falou sobre a linha de investigação que deve ser seguida pelos membros da CPI. Até o momento, a comissão teve apenas duas sessões: uma para votação da mesa diretora, outra de leitura do plano de trabalho. A próxima ocorre na terça-feira, quando serão apreciados mais de 200 requerimentos no colegiado.

“O plano de trabalho da senadora Eliziane Gama (PSD-MA, relatora da comissão) tem um núcleo que trata de financiadores e executores e outros que tratam de omissões e planejamento. Existem linhas de investigação colocadas para que no final se encontrem em uma grande conclusão”, previu o presidente da CPI.

A emissora também ouviu o deputado federal Duarte Júnior (PSB-MA), que integra o colegiado. O parlamentar foi questionado sobre um requerimento que pede a convocação do empresário Paulo Generoso, sócio do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

“A convocação do Generoso é para que ele possa prestar esclarecimentos de por que financiou os atos”, disse o pessebista.

 

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