Quarta-feira, 30 de outubro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 29 de outubro de 2024
Vinicius Júnior quase terminou com um longo jejum ao ficar na segunda posição da disputa da Bola de Ouro. O troféu não para nas mãos de um brasileiro desde 2007, quando Kaká, à época no Milan, da Itália, o conquistou. Muito próximo do principal prêmio individual do futebol, imagina-se o que mais ele poderia ter feito para chegar no grande objetivo. O desempenho do atleta do Real Madrid na Seleção Brasileira ainda ruge como uma “pulga atrás da orelha” do atacante.
Se forem levados em consideração apenas os números, a diferença é gritante. Desde que estreou pelo Brasil, em 11 de setembro de 2019, ele marcou cinco vezes e cinco deu assistências nas 35 oportunidades em que entrou em campo. Já na equipe merengue, soma 92 bolas na rede e 64 passes para gol em 279 partidas.
A jornada de Vini no profissional começou em 2017. Mas foi só no ano seguinte que o garoto do Ninho do Urubu passou a mostrar suas primeiras credenciais no Flamengo. Maurício Barbieri, primeiro treinador com quem se destacou, relata que desde o primeiro contato já sabia que ele era diferente dos demais, mesmo sem a dimensão do quão alto poderia voar.
Para o atual comandante do Júarez-MEX, as atuações abaixo do esperado na seleção brasileira estão diretamente influenciadas por um problema coletivo, que implicam não só no seu individual, mas de todos do time.
“A Seleção está em processo de reconstrução, de mudança de geração, há poucos ou quase nenhum jogador remanescente da última Copa do Mundo. Além disso, a comissão técnica já foi trocada algumas vezes e tudo isso tem impacto no desempenho da equipe e consequentemente no dos jogadores individualmente”, disse Barbieri.
Apesar do baixo rendimento ser tema constante quando o assunto é Vinicius Júnior na Seleção, o atacante não viveu somente de momentos ruins vestindo a amarelinha. Com Neymar fora por mais de um ano, recuperando-se do rompimento ligamentar no joelho esquerdo, o posto de protagonista do Brasil ficou à mercê de Vini. A dificuldade para assumir tal função, até o momento, gerou dúvidas quanto a sua dificuldade de chamar a responsabilidade. Para Mansur, esse nunca foi um problema para o camisa 7 do Real Madrid.
Vini chegou muito perto de marcar seu nome na história do futebol brasileiro, ao entrar no seleto grupo de atletas do país que venceram o mais renomado prêmio individual da modalidade. Ambicioso, o jogador de apenas 24 anos sabe que ainda tem um longo caminho a percorrer, e mais reconhecimento para ganhar. E este processo, passa principalmente pelo tão esperado protagonismo na Seleção.