Quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Oito ótimos filmes brasileiros ignorados pelo Oscar

Nos últimos anos, com a chegada de membros mais diversos à Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS), títulos sul-coreanos, franceses e mexicanos conquistaram vitórias em categorias que vão além do prêmio de filme estrangeiro. Esse processo de internacionalização do evento, no entanto, ainda não gerou frutos para o cinema brasileiro.

O Brasil nunca conquistou um Oscar. Aliás, há pelo menos quatro anos, o País sequer é lembrado pela premiação. A última vez que cruzamos o tapete vermelho foi em 2020, ano em que Democracia em Vertigem, de Petra Costa, foi indicado a Melhor Documentário – e perdeu para Indústria Americana.

Filmes ignorados

Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976). Baseado no romance homônimo de Jorge Amado, o filme conta a história de Dona Flor, uma mulher casada com Vadinho, um marido boêmio e irresponsável. Após a morte de Vadinho, Dona Flor casa-se com o sério e respeitável Teodoro. No entanto, ela começa a ser assombrada pelo espírito de Vadinho, que continua a buscar sua companhia. O filme é uma comédia dramática que explora temas de amor, desejo e dualidade.

Pixote, a Lei do Mais Fraco (1980). O filme aborda a vida de um menino de rua chamado Pixote, que vive no Brasil e se vê envolvido em um mundo de criminalidade, violência e exploração. Pixote foge de uma instituição de menores e passa a sobreviver nas ruas, enfrentando uma série de situações brutais e desumanizadoras.

Cabra Marcado para Morrer (1984). Originalmente concebido como uma dramatização da vida de João Pedro Teixeira, líder camponês assassinado em 1962, o filme acabou se tornando um documentário. Interrompido pelo golpe militar de 1964, o projeto foi retomado 17 anos depois, documentando as mudanças na vida dos personagens reais.

O Auto da Compadecida (2000). Baseado na peça de teatro de Ariano Suassuna, o filme é uma comédia que mistura elementos de folclore e literatura nordestina. A história segue as aventuras de João Grilo e Chicó, dois nordestinos pobres que usam sua astúcia para sobreviver. Eles se envolvem em diversas confusões, inclusive com figuras religiosas e místicas.

Carandiru (2003). Baseado no livro “Estação Carandiru” de Dráuzio Varella, o filme retrata a vida dentro do maior presídio da América Latina, o Carandiru, em São Paulo. Foca na relação do médico com os presos e culmina com o trágico Massacre do Carandiru, em 1992.

Que Horas Ela Volta? (2015). O filme aborda as complexas relações de classe no Brasil, através da história de Val, uma empregada doméstica que trabalha para uma família de classe alta em São Paulo. A chegada de sua filha, Jéssica, que vem do Nordeste para prestar vestibular, desafia as dinâmicas estabelecidas na casa e levanta questões sobre hierarquia social e afetiva.

Bacurau (2019). Situado em um futuro próximo, o filme segue os habitantes de Bacurau, uma pequena comunidade no sertão brasileiro, que descobrem que sua cidade sumiu dos mapas e que estão sendo caçados por um grupo de estrangeiros. Eles se unem para enfrentar a ameaça.

Marte Um (2022). O filme acompanha uma família de classe média baixa em um Brasil pós-Bolsonaro, focando na vida de Deivinho, um garoto que sonha em ser astrofísico e colonizar Marte. A narrativa explora os desafios e as aspirações de cada membro da família em um contexto de mudanças sociais e políticas.

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