Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 11 de agosto de 2024
Com o fim dos Jogos Olímpicos de Paris nesse domingo (11), a famosa bandeira de cinco anéis está sendo entregue à cidade-sede de 2028, Los Angeles, nos EUA. Los Angeles receberá a Olimpíada pela terceira vez – os Jogos de 1984 e 1932 também foram na cidade americana.
Cidadãos americanos que viajaram a Paris para os Jogos deste ano disseram à BBC que têm grandes esperanças para 2028. Marisa, moradora de Los Angeles, estava confiante de que o evento seria apropriadamente salpicado com o “glamour de Hollywood”. Mas ela afirmou que Paris estabeleceu um padrão muito alto.
Americanos que falaram com a BBC estavam preocupados que Los Angeles não seria capaz dar conta de tantos turistas, pois o transporte na cidade não se compara à impressionante rede de transporte público da França.
Com a contagem regressiva para Los Angeles em andamento, aqui está o que sabemos até agora sobre os próximos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
Quando e onde os competições vão acontecer?
A cerimônia de abertura da Olimpíada de Los Angeles acontecerá em 14 de julho de 2028 e a cerimônia de encerramento, pouco mais de duas semanas depois, em 30 de julho.
A cerimônia de abertura da Paralimpíada será em 15 de agosto, e o evento de encerramento, em 27 de agosto. Ao todo, mais de 50 esportes olímpicos e paralímpicos serão disputados em mais de 800 eventos.
Os Jogos de 2028 vão ser a terceira vez que Los Angeles sedia as Olimpíadas, e os organizadores – que estão ansiosos para enfatizar a sustentabilidade – disseram que nenhuma construção nova e permanente será necessária para o evento.
Em vez disso, dezenas de locais existentes serão usados, incluindo o estádio do time de futebol americano LA Galaxy e o LA Memorial Coliseum, que sediará os eventos de atletismo, como aconteceu nas duas Olimpíadas anteriores na cidade.
Talvez não seja surpresa que em uma cidade famosa por seu litoral com palmeiras, o vôlei de praia seja realizado em uma praia de verdade – algo que não foi possível em Paris este ano.
Mas alguns locais precisarão ser adaptados. Por exemplo, o Estádio SoFi, como é conhecido atualmente, no subúrbio de Inglewood, será convertido para sediar as provas de natação, com a adição de uma resplandecente piscina olímpica.
Enquanto isso, as moradias estudantis na Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA) serão transformadas na vila dos atletas durante o verão e fornecerão instalações de treinamento.
Ainda não se sabe se a cidade conseguirá realizar o evento “sem carros”, algo que prometeu em 2017, ano em que ganhou os direitos de sediar os jogos de 2028.
Mover milhares de espectadores pela extensa cidade californiana será um grande desafio para os organizadores. A esperança atual é que a frota de ônibus dê conta – já que os planos para uma grande atualização da rede ferroviária fracassaram, de acordo com o jornal local Los Angeles Times.
E não sairá barato. O orçamento mais recente prevê gastos de quase US$ 7 bilhões só Jogos, sem contar quaisquer melhorias no transporte.
Quais esportes estarão na Olimpíada de 2028? E quais não estarão?
Além dos esportes olímpicos mais conhecidos, os Jogos de Los Angeles terão o renascimento de alguns esportes não vistos há algum tempo, bem como algumas novas adições.
O críquete será jogado nas Olimpíadas pela primeira vez desde 1900.
O lacrosse também está voltando. Apesar de ser um dos esportes mais antigos a ser jogado na América do Norte, o lacrosse não é jogado em nível olímpico há mais de um século. Um novo formato será introduzido em 2028
Beisebol masculino/softbol feminino são modalidades que também retornarão, tendo sido omitidos em Paris em 2024.
O squash deve fazer sua primeira aparição em uma Olimpíada após anos de campanha de jogadores.
O futebol de bandeira, uma versão sem contato do futebol americano, também fará sua estreia olímpica. Ele é jogado em um campo menor com equipes menores, em que os tackles são feitos removendo uma bandeira de um oponente. É a variante do esporte que mais cresce no Reino Unido, de acordo com a British American Football Association.
A escalada paralímpica terá atletas em diferentes modalidades escalando uma parede de 15 m
Alguns esportes olímpicos que são relativamente novos na programação continuarão, incluindo surfe, skate e escalada esportiva.
Mas o breaking, que estreou nos Jogos de Paris, não foi escolhido como um dos esportes – para a decepção de alguns, já que esse tipo de dança de rua surgiu nos EUA.
Quem serão as estrelas do esporte para ficarmos de olho em Los Angeles?
Grande destaque da delegação brasileira, garantindo sozinha 4 das 20 medalhas do país (incluindo um ouro), Rebeca Andrade não confirmou presença em Los Angeles. Ela terá 29 anos – poucos atletas de ginástica olímpica competem depois dos 30.
Mas outros destaques brasileiros em 2024 podem retornar para os jogos em 2028. Beatriz Souza, que trouxe o ouro para o Brasil no judô, terá 30 anos – mais nova do que Rafaela Silva, que competiu pelo Brasil em Paris com 32 anos.
A dupla do vôlei de praia Duda e Ana Patrícia, ambas de 26, foram ouro em Paris e terão 30 em 2028, ainda em idade de competir.
Gabriel Medina, que levou o bronze em Paris, estará com 34 anos e poderá disputar uma medalha se continuar bem fisicamente. Ele já afirmou que gostaria que as provas de surf fossem em uma piscina com ondas, para serem mais justas. Tati Weston-Webb, que trouxe a prata, terá 32 anos e também poderá competir novamente.
Entre os atletas internacionais, há muitas estrelas que foram destaque em 2024 e ainda estarão em idade de competir.
A britânica Keely Hodgkinson, que conquistou o ouro nos 800m femininos na França, terá 26 anos na próxima Olimpíada – ainda no auge da idade ideal do atletismo.
O nadador francês Léon Marchand, que levou quatro medalhas de ouro para a França, também terá 26 anos em 2028 e provavelmente estará em Los Angeles.
A maioria dos concorrentes no evento de skate deste ano permanecerá na disputa para 2028, principalmente devido à notável juventude dos atletas em Paris, como o chinês Zheng Haohao, de 11 anos, a britânica Sky Brown, de 16 anos, e a brasileira Rayssa Leal, de 16 anos – que trouxe um bronze para o Brasil em Paris.