Sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Olimpíada: Rayssa Leal conquista a medalha de bronze no skate street

Rayssa Leal não é mais criança – e faz questão de enfatizar isso em cada entrevista. A skatista de 16 anos, completados em janeiro, resolveu dispensar o apelido de fadinha, que ganhara quando, aos 7 anos, surgiu vestida de fada andando de skate em vídeo amador gravado pela mãe que se tornou viral graças à republicação do americano Tony Hawk, um dos maiores skatistas de todos os tempos. Seu desejo, depois da prata em Tóquio, era levar o ouro na Olimpíada de Paris. Ela não viveu um conto de fadas. Encarou e lidou com a pressão ao começar mal. Mas ganhou força no choro para levantar e buscar o bronze.

Para se tornar a brasileira mais jovem a ser campeã olímpica, a maranhense de Imperatriz lançou mão de novas manobras no skate street, modalidade em que compete. “Estou esperando que essas manobras vão ajudar, estou contando que dê nota para uma medalha de ouro em Paris”, afirmou ela em entrevista recente ao jornal Estado de S.Paulo.

Atualmente a brasileira está em 3º lugar no ranking mundial. “Quero dar muito orgulho para todos os brasileiros. Ter aquela sensação de subir no pódio em primeiro lugar, ter o hino do Brasil tocando é uma coisa totalmente diferente”. Rayssa foi ouro no Pan-Americano de 2023. Independente da cor da medalha, ela continua orgulhando os brasileiros.

Com importantes conquistas internacionais nos últimos anos, com direito a três títulos mundiais (um do Mundial da World Skate e dois da Liga Mundial de Skate Street, a SLS), Rayssa diz estar em grande momento. “Chego na minha melhor forma possível”, avaliou. “A gente buscou muito isso depois que acabaram os campeonatos e treinamos para chegar aqui 100%, tanto mentalmente quanto fisicamente”.

A jovem skatista foi uma das mais tietadas em Paris. Quando chegou na capital francesa, parou para foto e distribuiu autógrafos em fotos suas impressas a fãs estrangeiros e brasileiros que a reconheceram no Aeroporto Charles de Gaulle.. “É legal demais saber que a gente tem um apoio muito grande e que estamos sendo recebidos de braços aberto em Paris. Ter esse apoio todo depois de termos disputado os últimos Jogos Olímpicos na pandemia. Estou muito feliz com isso”.

Rayssa aprendeu tudo de skate por conta própria assistindo a vídeos dos seus ídolos pelo celular. Depois ficava insistentemente repetindo as manobras até acertá-las. Desde 2018, quando tinha 11 anos, integra a seleção brasileira e é vista como uma das melhores do mundo na categoria street.

A primeira vez que ela subiu em cima de um skate foi aos 6 anos, quando seus pais lhe deram o equipamento de presente. Um ano depois, já estava competindo. Aos 9 anos, Rayssa já não competia mais entre as crianças para disputar campeonatos na categoria geral. Passou, então, a levar uma vida de “adulta”, treinando três horas todos os dias.

Os pais de Rayssa foram imprescindíveis para que a filha chegasse à Olimpíada aos 13 anos. As condições financeiras da família eram difíceis, mas a mãe de Rayssa se esforçava para ajudar a filha a praticar o esporte que tanto gostava. Ela buscava os vídeos para ela treinar. E treinava até não poder mais. A escola é adaptada à rotina de competições. A condição para permanecer no skate, imposta por eles, é que a filha estude.

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