Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 14 de março de 2024
A febre alta e de início repentino é uma das primeiras manifestações do vírus da dengue no organismo humano. Pacientes relatam que, apesar de ser o primeiro sinal, a febre é o mais marcante, além de geralmente estar associada a dores atrás dos olhos, na cabeça, e nas articulações.
É comum, nos casos de dengue que, a partir do quinto dia de sintomas a temperatura comece a baixar. No entanto, o fim do quadro de febre não é o mesmo que estar curado da infecção pelo vírus, que ainda pode avançar para estágios mais graves.
Complicações renais
“Tinha passado o dia me sentindo ótima, mas, por volta das quatro horas da manhã, acordei pedindo medicação para o meu marido”, relatou Eva Fernandes de Oliveira Felix, de 50 anos, enquanto aguardava por uma consulta no Hospital de Campanha (HCamp) da FAB, em Ceilândia (DF). Assim como ela, seu filho, Ellyton Fernandes de Araujo, de 15, também começou a se sentir mal na última quinta-feira (7).
“Até então, estava segurando a onda em casa com dipirona e água, principalmente, mas chega um momento em que não dá mais. Assim que a febre explodiu, começou a dor no corpo, e meu caso foi agravando. Vieram a coceira na pele e essas manchas vermelhas.” Eva destacou que sua preocupação aumentou porque tem apenas um rim. “O meu medo maior é a dor no abdômen, tenho receio de a dengue comprometer a função renal”, disse ela.
Dores abdominais são uma condição geralmente classificada como sinal de alerta da dengue, porque, nos casos críticos, a arbovirose pode causar insuficiência renal crônica. Eva informou que esperou cerca de três horas no HCamp para passar pela consulta médica e que o atendimento foi aquém do esperado.
“Pedi para fazer o hemograma por conta da questão da insuficiência renal, mas não me foi passado nenhum exame. Foi explicado que o meu caso é de dengue, mesmo sem o teste (para verificar). Me disseram que a doença já está na fase final e que, se eu piorasse, era para voltar”, relatou, preocupada. “Eu, que estava com a pulseira amarela fui atendida, o meu filho estava de pulseira verde e não passou nem pela consulta”, completou.
A Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) informou, em nota, que a aplicação dos testes segue protocolos estabelecidos conforme quadro clínico e tempo de início dos sintomas. “O diagnóstico dos pacientes também se dá pelos aspectos clínicos da doença e por exames complementares e de triagem realizados nas unidades de saúde (testes rápidos, hemograma, bioquímica, dentre outros)”, informou a pasta.