Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Paris 2024: Seleção Brasileira feminina perde para os Estados Unidos, mas ratifica condição de potência em jogo do adeus de Marta

Não foi nos Jogos de Paris que a seleção brasileira feminina conseguiu o tão sonhado ouro Olimpíadas no torneio de futebol. No sábado, no Parque dos Príncipes, a equipe comandada por Arthur Elias começou melhor, levou perigo, mas se expôs na segunda etapa e perdeu por 1 a 0 para os Estados Unidos. Ficou com a medalha de prata, mas voltou ao pódio após 16 anos, em partida que marcou a despedida da rainha Marta, que disputou seis edições de Olímpicas.

“Agora é dar continuidade a esse trabalho, porque o mais importante é o resgate que a gente fez, do orgulho, das pessoas falarem do futebol feminino, acreditarem mais no futebol feminino. Isso foi o mais importante. Ficar em segundo, ganhar a medalha de prata. O que a gente precisa destacar é isso, esse orgulho que a gente resgatou”, disse Marta, que valorizou a boa campanha do Brasil em Paris.

A decisão desse sábado foi a terceira entre Brasil e Estados Unidos no futebol feminino em Olimpíadas. As americanas já haviam conquistado o ouro em Atenas-2004 e em Pequim-2008. Foi o quinto título das rivais, que aumentam o status de maiores vencedoras do torneio. Mesmo diante de tal situação, o Brasil começou melhor e foi quem deu os primeiros golpes na final.

Com retorno de Marta, que esteve suspensa nas quartas de final e na semifinal, e que iniciou no banco, Arthur Elias manteve a estrutura de muita velocidade e pressão no meio-campo para explorar os espaços. Assim, a Seleção levou muito perigo e chegou a ter um gol anulado. O principal nome da primeira etapa foi Ludmila, que desperdiçou boa oportunidade frente a frente com a goleira Naeher no primeiro minuto.

Aos 15, a camisa 14 recebeu em profundidade, encarou a marcação com bom drible curto e bateu com categoria para balançar a rede, mas a arbitragem apontou posição irregular no início da jogada. Em outra boa atuação da goleira Lorene, poucas vezes os Estados Unidos assustaram. Na reta final do primeiro tempo, Gabi Portilho ainda teve a chance de abrir o placar, mas Naeher fez boa intervenção.

Grande marca do time dos Estados Unidos em Paris, os contra-ataques começaram a aparecer e deram resultado no segundo tempo. Aos 11 minutos, Swanson foi lançada, entrou na área pela esquerda e chutou cruzado, sem chance para Lorena. Em desvantagem no placar, o Brasil mudou o estilo de jogo que o levou até a final, abrindo mão dos passes rápidos e apostando alto nas bolas longas.

Só que, bem postada, a seleção norte-americana não teve dificuldade para cortar tais investidas. Foi um segundo tempo um pouco abaixo do esperado, mas que colocou o Brasil de volta à prateleira de potências na modalidade. Medalha de prata (com sabor de ouro) após 16 anos.

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