Quarta-feira, 20 de novembro de 2024

PEC contra drogas só no fim do ano… e olhe lá

A anunciada comissão especial da Câmara para analisar a PEC que criminaliza posse de drogas de qualquer quantidade, com sorte, sai só no fim do ano. Com recesso parlamentar marcado para o início da segunda quinzena deste mês, o colegiado tem tudo para subir no telhado. O ato de criação da comissão foi publicado no Diário Oficial da Câmara em 17 de junho, mas os partidos não indicaram os nomes que vão compor o grupo. Ao todo, serão 34 membros titulares e mais 34 suplentes.

Passos de tartaruga

O pouco do avanço que se conseguiu é apenas na divisão das cadeiras, duas para cada partido. O Novo, até agora, deve ficar de fora.

Às moscas

Tudo correndo bem, a Câmara só volta do recesso em agosto. No mesmo mês, dia 16, se inicia a campanha eleitoral, que esvazia Brasília.

A prioridade é outra

Com o fim das eleições, em outubro, a palavra de ordem no Congresso é Orçamento, que tinha previsão de votar o relatório final até 9 de julho.

Lenta burocracia

No caso da PEC sobre as drogas, o próprio prazo regimental para votar o projeto, no mínimo 10 sessões, já empurra a votação para o fim do ano.

Lula com Mantega mostra que a coisa pode piorar

Nada está tão ruim que não possa piorar, como indica a reunião de Lula (PT) para “ouvir conselhos” da equipe de Dilma Rousseff, incluindo o ex-ministro Guido Mantega, de tristíssima memória – esse pessoal quase quebrou o Brasil. A reunião era secreta, mas vazou: ocorreu na sexta (28), véspera do anúncio do cosmético “corte” de apenas R$26 bilhões em gastos do governo previstos para 2025. Não é nada, não é nada mesmo: em um ano, o gasto sem receita passa dos R$220 bilhões.

Apenas uma fração

O corte de R$25 bilhões, a serem retirados de programas sociais durante todo o ano de 2025, equivalem a uma fração do gasto mensal sem lastro.

Cada vez pior

Em maio, informa o Tesouro Nacional, o governo torrou R$60 bilhões a mais que arrecadou. O pior maio de sempre em tempo de paz sem covid.

Gastar sem limites

Prevalece na equipe econômica de Lula o conceito de irresponsabilidade fiscal, da cartilha dos economistas da Unicamp: gastança sem limites.

Brasília no topo

Ranking com Índice de Progresso Social (IPS), metodologia internacional que calcula o bem-estar da população, coloca Brasília como a melhor capital brasileira para se viver. É seguida por Goiânia e Belo Horizonte.

Série de frustrações

Para o deputado Alceu Moreira (MDB-RS), faltou noção ao Ministério da Fazenda na elaboração do seguro agrícola no Plano Safra, “Nós pedimos R$21 bilhões, o governo cedeu R$16.40. Foi uma série de frustações”.

Coisa mais estranha

Não deixa de ser intrigante Lula querer reduzir impostos da carne, para alegria dos amigos da JBS, e vociferar indignação contra a desoneração da folha dos 17 setores da economia que mais empregam trabalhadores.

Eles estão chegando

Congresso conservador reúne expoentes da direita neste fim de semana, em Santa Catarina, como o presidente da Argentina Javier Milei, Jair Bolsonaro e os governadores Tarcísio de Freitas e Jorginho Melo.

Espalhando brasas

Com processo de impeachment deflagrado, o governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), desagradou ao vetar projeto de deputada que autoriza policiais de folga a atuarem na segurança de escolas estaduais.

Passando pano

Sérgio Moro (União-PR) vê diferença no tratamento a Lula por se apropriar de presentes que recebeu na Presidência. Lembra que não houve indiciamento, “tudo foi tratado como infração administrativa”.

Zé Pilantra

Viralizou divertido meme que mostra um cidadão suplicando ao Zé Pilintra, entidade da Umbanda, a não cobrança de IPVA de um pequeno Celta. A “entidade” tem o rosto de Lula e é chamado de “Zé Pilantra”.

Lorota vira piada

Lula voltou a ser alvo de deboche, nas redes sociais e na oposição, ao repetir a lorota, quem sabe cola, de que teria “tesão de 20 anos”. Ainda baixou o nível ao invocar o “testemunho ocular” de Janja. Ocular?

Pensando bem…

…Lula está louco para repetir Bolsonaro, dizendo ser “imbrochável”.

PODER SEM PUDOR

O cavalo eleitor

O deputado Zezinho Bonifácio era uma figura. Foi líder do governo durante o regime militar e até presidiu a Câmara dos Deputados. Mas sua pátria era a província, Barbacena (MG). Certa vez, ele fazia campanha na cidade quando o informaram de um problema: a ferrenha oposição de um padre, no bairro de Bias Fortes. Ele procurou o padre e pediu seu cavalo emprestado. O padre ficou constrangido de negar-lhe o pedido. Assim, montado no bicho, ele fez campanha durante todo o dia, no bairro, exibindo o trunfo: “O padre virou, agora me apoia. Até me emprestou o cavalo…”

(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)

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