Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 6 de maio de 2020
Nesta terça-feira (05), boa parte das microempresas de Porto Alegre voltou a funcionar. É, claro, com algumas restrições. A TV Pampa foi até centro da capital para conferir como foi a movimentação no primeiro dia da reabertura.
O movimento não é nada comparado ao centro de Porto Alegre pré-pandemia, com ruas lotadas e correria para todos os lados. Mas é muito mais intenso do que o cenário das últimas semanas. Tudo isso porque nesta terça, a prefeitura liberou a reabertura de pequenas empresas, independente do ramo. De acordo com o executivo municipal, são 150 mil trabalhadores formais que voltam à rotina.
Para se manter aberto, medidas de proteção são obrigatórias, como respeitar o distanciamento de dois metros entre as pessoas que circulam no local. Além disso, a diminuição de fluxos para 50% da capacidade prevista no alvará ou no PPCI, e é claro o uso de máscaras e álcool gel.
Já é a terceira fase de liberações nas medidas graduais tomadas pela prefeitura. Primeiro foi o ramo da construção civil, no dia 23 de abril. Depois, a indústria. E agora, pequenos estabelecimentos, que correspondem aos que arrecadam até R$ 81 mil por ano. Microempresas, com arrecadação máxima de R$ 360 mil. Autônomos, profissionais liberais, serviços de advocacia, consultoria e contabilidade, e conselhos de fiscalização profissional.
“Ninguém é cego, ninguém está deixando de ver o drama que as pessoas estão sofrendo, os empreendedores, trabalhadores, mas nesse balanço entre saúde e vida das pessoas e esse sacrifício que a gente precisa ter um pouco mais em relação a nossa atividade econômica, nós privilegiamos a saúde e a segurança dos porto-alegrenses”, disse o secretário de enfrentamento ao coronavírus de Porto Alegre, Bruno Miragem.
As academias também retornaram nesta terça, com um cenário cheio de restrições. Agora, apenas um aluno por vez acompanhado do profissional. Sobre os demais setores, ainda não se sabe quando serão abertos. A prefeitura pretende analisar com calma para não dar nenhum passo em falso.
“Há demandas e demandas muito justas até de setores econômicos que tem nos procurado, nos quais nós temos dialogado e que estão em análise, seja por ter baixo risco epidemiológico alguns deles, seja pela repercussão econômica mesmo. A gente não tem nenhum prazo e nem os setores, a gente tem recebido isso, e examinado em conjunto, porque também é importante dizer o seguinte, não é só a atividade que gera risco, a circulação das pessoas pela cidade, a mobilidade urbana, as pessoas pegam ônibus para ir até os estabelecimentos e tem que voltar para as suas casas e isso pode ter impacto no ritmo de contágio do vírus e por isso nós estamos monitorando todas essas variáveis para poder dar um passo logo ali na frente”, explicou Miragem.