Sábado, 05 de outubro de 2024

Pesquisadores de Oxford vão desenvolver a 1ª vacina para prevenir câncer de ovário do mundo

A primeira vacina para a prevenção do câncer de ovário do mundo será desenvolvida nos próximos três anos por pesquisadores da Universidade de Oxford. O imunizante terá como objetivo ensinar o sistema imunológico a se defender da doença em seus estágios iniciais.

Para que isso aconteça, a entidade filantrópica Cancer Research UK vai financiar mais de 4 milhões de reais em prol da pesquisa.

“OvarianVax se baseia nos desenvolvimentos empolgantes em tecnologia de vacinas durante a pandemia. Este é um dos muitos projetos que esperamos que dêem às mulheres vidas melhores e mais longas, livres do medo do câncer”, afirma Michelle Mitchell, diretora executiva da Cancer Research UK, em comunicado.

Atualmente, para mulheres com genes BRCA1 alterados o risco de desenvolver câncer de ovário é até 65%, e até 35% maior em mulheres com genes BRCA2 alterados, em comparação com mulheres sem essas alterações genéticas.

Por isso, a orientação é de que as pessoas que possuem tais alterações tenham seus ovários removidos até os 35 anos, o que significa que elas não podem ter filhos no futuro. Como consequência desta remoção, elas passam pela menopausa precoce.

Uma das frentes do estudo liderado por Oxford é descobrir quais são as proteínas presentes na superfície das células de câncer de ovário em estágio inicial que podem ser reconhecidas com maior facilidade pelo sistema imunológico.

A partir disso, eles irão testar qual é o modo mais efetivo para a vacina atingir os pontos fracos destas células e matá-las antes de tornarem um tumor. Segundo os pesquisadores, amostras de tecido dos ovários e trompas de falópio de pessoas com câncer de ovário serão usadas para recriar os estágios iniciais do câncer de ovário no estudo.

Caso a pesquisa consiga atingir seus objetivos, ela irá para testes clínicos. Conforme o comunicado da universidade, eles pretendem que o imunizante seja distribuído como principal forma de prevenção para a doença.

“Precisamos de melhores estratégias para prevenir o câncer de ovário. Atualmente, mulheres com mutações BRCA1/2, que estão em risco muito alto, recebem cirurgia que previne o câncer, mas as priva da chance de ter filhos depois. Ao mesmo tempo, muitos outros casos de câncer de ovário não são detectados até que estejam em um estágio muito mais avançado”, explica Ahmed Ahmed, diretor do Laboratório de Células de Câncer de Ovário, Instituto de Medicina Molecular MRC Weatherall da Universidade de Oxford e líder do projeto OvarianVax.

Ahmed e sua equipe haviam descoberto anteriormente que as células imunes de pacientes com câncer de ovário “recordam” do tumor. E com base nisso, poderão treinar o sistema imunológico para reconhecer mais de 100 proteínas ligadas a este tipo cancerígeno.

Até esta vacina chegar a população geral levará muitos anos, como indica o comunicado da Universidade de Oxford, mas, o desenvolvimento garantirá que o câncer de ovário poderá ser prevenido através da imunização, como o câncer do colo do útero.

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