Terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 19 de abril de 2023
De acordo com a Associação Brasileira do Sono, 24% dos homens de meia-idade roncam, enquanto a taxa entre pessoas do sexo feminino é de 18%. Quando se fala de indivíduos acima de 60 anos, os números são ainda maiores: 60% dos homens e 40% das mulheres sofrem com o ronco. Uma pesquisa alertou que esses barulhos que incomodam muita gente podem ter um risco ainda maior.
Isso porque, segundo os pesquisadores, as pessoas que roncam têm 91% mais chances de sofrer um derrame do que aqueles que não roncavam. E mais, aqueles que tem outros problemas relacionados ao sono, como: problemas respiratórios ou falta de olhos fechados, tem duas vezes mais chances de sofrer um derrame.
A condição ocorre quando algo bloqueia o suprimento de sangue para uma parte do cérebro ou quando um vaso sanguíneo no cérebro se rompe. Em ambos os casos, regiões do cérebro são danificadas ou morrem. O tipo mais comum é um acidente vascular cerebral (AVC), que ocorre quando coágulos sanguíneos ou outras partículas bloqueiam os vasos sanguíneos do cérebro.
Os pesquisadores alertaram ainda que o risco de um derrame aumenta se a pessoa estiver dormindo demais ou de menos, – menos de cinco horas ou acima de nove. O ideal é ter uma média de sete horas por noite – tirando longas sonecas, tendo sono de má qualidade, roncando, bufando e tendo apneia do sono.
O estudo ouviu 2.238 participantes que tiveram AVC e 2.258 que não tiveram e os questionaram sobre quantas horas de sono tiveram, qualidade do sono, cochilos, roncos e problemas respiratórios durante o sono.
“Nossos resultados não apenas sugerem que problemas individuais de sono podem aumentar o risco de derrame de uma pessoa, mas ter mais de cinco desses sintomas pode levar a um risco cinco vezes maior de acidente vascular cerebral, em comparação com aqueles que não têm problemas de sono”, disse Christine McCarthy, professora da Universidade de Galway, na Irlanda, e principal autora do estudo.
Pare de roncar
Dormir de lado ao invés de dormir de costas, pois evita que a base da língua colapse na parede posterior da garganta.
O álcool tem um efeito sedativo, que relaxa os músculos da mandíbula e da garganta, tornando mais provável a obstrução das vias aéreas. Limitar o consumo de álcool pode ajudar a diminuir suas chances de ronco.
O excesso de tecido adiposo ao redor do pescoço e o tônus muscular deficiente podem contribuir para o problema. Portanto, tomar medidas para reduzir o excesso de peso pode ajudar a diminuir o ruído.
Dormir em um travesseiro que suporte suficientemente sua cabeça e pescoço pode ajudar, pois garante que sua cabeça esteja apoiada o suficiente para evitar que suas vias aéreas fiquem bloqueadas.
E, por fim, um diário pode ajudá-lo a identificar os problemas que afetam seu sono. Anote os horários de sono, quantas vezes você acorda à noite, comida e bebida que consumiu durante o dia, a quantidade de tempo de tela e a atividade do dia.