Sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Pira da Olimpíada 2024: significado e história do “balão”

A Olimpíada de Paris 2024 já começaram! Nessa sexta-feira (26), todos os países presentes nos jogos desfilarem pelo Rio Sena na Cerimônia de Abertura e viram Teddy Riner e Marie José-Perec acenderem inovadora pira olímpica que ficará içada em um balão em homenagem ao primeiro balão de hidrogênio da história, conheça.

O caldeirão, como está sendo chamado pela organização, está localizado no Jardins das Tulherias, no centro de Paris. A pira é formada por um anel de fogo com sete metros de diâmetro acoplado a um balão de ar quente. O caldeirão olímpico vai ficar içado a 30 metros do chão, podendo ser visto em diversos pontos da cidade.

A ideia é homenagear o primeiro balão de hidrogênio, construído por Jacques Charles, ocorrido em 1 de dezembro de 1783 no mesmo Jardim das Tulherias para mais de 400 mil pessoas. Durante anos essa foi a forma mais comum de se voar.

Tocha olímpica

Durante a abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a tocha olímpica se manteve acesa por toda a cerimônia, que aconteceu debaixo de chuva.

Acesa desde o dia 16 de abril, quando foi iniciada na Grécia — como manda a tradição das Olimpíadas –, a tocha funcionou por 68 dias, passando até por baixo das águas do mar Mediterrâneo. Entenda porque a chama da tocha olímpica não se apaga.

Em entrevista à CNN, Guilherme Favaro, físico pelo Instituto de Física da USP (Universidade de São Paulo), explica que “o fogo da tocha olímpica é acendido através de um método ótico que utiliza espelhos côncavos para concentrar os raios de luz do Sol em um único ponto, dando a ignição na chama.”

A tradição vinda da Grécia — sede das primeiras Olimpíadas — é respeitada até no método de manter o símbolo aceso, já que a tocha é projetada para manter um fogo “puro” que vem do próprio Sol.

“Durante o transporte da tocha, a chama se mantém acesa com a ajuda de camadas de proteção em seu interior contra o vento e a chuva. Em conjunto, uma mistura de gases de propano e butano alimenta o fogo durante todo o trajeto”, explicou Favaro.

Nem a água consegue apagar essa chama, já que os gases usados no interior da tocha precisam de pouca energia para sustentar o fogo aceso — o que tornou possível ao símbolo fazer um trajeto submerso no mar Mediterrâneo.

“Quando a tocha não está sendo passada, a chama permanece acessa em lampiões capazes de mantê-la por horas. Antes que os gases acabem, um novo lampião assume a chama”, concluiu o físico.

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