Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 3 de abril de 2022
“Casa alta” do Congresso, o Senado é tipicamente reservado a políticos experientes, como ex-governadores, e há poucas mudanças drásticas. O MDB (ex-PMDB), por exemplo, tem o maior número de senadores desde a 47ª legislatura do Congresso, em 1983, antes da redemocratização no Brasil. Por quase 40 anos, o partido é o maior do Senado. Após a janela de migração partidária deste ano continua a maior, com 14 senadores. O PSD é segundo, com 11 e PL, terceiro (8), empatado com o Podemos.
Mudança importante
O PL de Bolsonaro tinha dois senadores em 2019. Vai encerrar 2022 com oito, seis dos quais têm mandato até 2027.
Segundo escalão
O PT iniciou a legislatura com seis senadores, agora tem sete, o mesmo número do PP e do PSDB, que perdeu dois.
Pela culatra
Em 2019, somados, DEM e PSL tinham dez senadores. Agora juntos no União Brasil, têm apenas um total de sete.
Rede furada
O Rede de Marina Silva começou a legislatura com quatro senadores. Em 2022 restou só Randolfe Rodrigues (AC), da bancada do holofote.
Sem casos de covid, Roraima decreta “calamidade”
A Assembleia Legislativa de Roraima aprovou “estado de calamidade pública”, em razão da pandemia de covid-19, mesmo com redução de mais de 90% dos casos da doença em todo o Estado. O projeto foi enviado pelo governador Antonio Denarium (PP) e aprovado pelos aliados na Assembleia. Na maior parte dos casos, a decretação da “calamidade pública” é um truque que permite ao gestor público promover compras milionárias sem licitação, sem limites e sem controle.
Estado eleitoral
O “estado de calamidade” duvidoso de Roraima valerá até 31 de dezembro, incluído, claro, a campanha eleitoral deste ano.
Sem internações
Boletim datado de quinta (31), da secretaria da Saúde, informa que o Hospital Geral de Roraima não registrava internações havia três dias.
Leitos desocupados
Também de acordo com boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde de Roraima, todos os leitos de UTIs para Covid estão desocupados.
STF pune 31,7 mil eleitores
Crítico de decisões do STF, o constitucionalista Ives Gandra Martins ensina que o mandato parlamentar é inviolável porque representa não só o deputado punido Daniel Silveira, mas todos os seus 31,7 mil eleitores.
No seu lugar
Ameaça do presidente regional do União Brasil em São Paulo, Alexandre Leite, foi uma forma de colocar Moro em seu lugar. “Deputado estadual, deputado federal ou, eventualmente, senador”, disse. Presidente, não.
Janelinha da frente
Ao chegar no União Brasil pedindo licença, declarando-se um “soldado”, Sérgio Moro mostrou haver aprendido a lição do craque Romário: não se pode entrar no ônibus a primeira vez e sentar à janelinha da frente.
Um especialista
Única voz tucana que ainda hostiliza a pré-candidatura de João Doria a presidente, José Aníbal ironiza os baixos percentuais do ex-governador nas pesquisas. Logo ele, que é suplente exatamente por não ter votos.
Congresso FC
Caso o senador Romário (PL-RJ) e o deputado Danrlei (PSD-RS) sejam reeleitos e Vanderlei Luxemburgo (PSB-TO) vire senador, está garantida a qualidade das peladas suprapartidárias de parlamentares, em Brasília.
Triste lembrança
Os anos de 2020 e 2021 foram trágicos devido à pandemia e a dor não acaba quando perdemos o ente querido, é aí que a burocracia começa: foram 375 mil inventários no período, diz o Colégio Notarial do Brasil.
Diminuiu
Após o fechamento da janela de migração partidária, além de Sergio Moro, o Podemos contabiliza a perda de três deputados federais (desde 2019) e um senador: Reguffe (DF), que foi para o União Brasil.
Corda esticada
O deputado José Medeiros (Pode-MT) ironizou várias decisões de Alexandre de Moraes como “o crime continuado a partir de um vídeo” e diz que cada dia aprende mais com o ministro do STF “ou desaprendo”.
Pergunta sob mordaça
É mais antidemocrático o ato do deputado falando idiotices ou do juiz que o prende e o impede de exercer o direito à livre expressão?
PODER SEM PUDOR
Ministro das Relações Públicas
Bem-humorado e paciente, o então ministro de Relações Institucionais José Múcio, ex-TCU, visitava dois ministérios diariamente, garimpando meios de atender aos pedidos dos parlamentares da base aliada, a fim de dar sossego ao presidente Lula, garantindo a aprovação de projetos de interesse do governo. Há dias, ao ser recebido por Marina Silva (Meio Ambiente), que pilota um setor sempre resistente a mudanças, ele foi logo fazendo graça: “Ministra, eu sou ministro do Bom Ambiente…”. Conseguiu o que queria.
(Com a colaboração de André Brito e Tiago Vasconcelos)