Quarta-feira, 08 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 25 de junho de 2024
A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira (25), uma operação para desarticular um esquema de invasão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por meio do aplicativo e-Título. Entre as vítimas estão atletas, artistas, políticos e empresários — não identificadas pela corporação.
De acordo com o TSE, a invasão não envolve as urnas ou sistemas de segurança da Justiça Eleitoral. A fraude é cadastral, ou seja, informações incorretas de eleitores eram inseridas no sistema. De acordo com as investigações da “Operação Eleitor Protegido”, o TSE identificou 158 registros de irregularidades realizadas por meio do aplicativo, que vão desde a emissão de título de eleitor até a inscrição como mesário voluntário, em nome das vítimas.
No entanto, segundo a PF, nenhum dos documentos gerados de maneira fraudulenta foram usados. Os crimes ocorreram em 2023 e identificados em julho do ano passado, quando teve início a investigação.
Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), São Miguel do Gostoso (RN) e Maracanaú (CE).
De acordo com a Polícia Federal, os investigados devem responder pelo crime de invasão de dispositivo informático.
“A investigação terá continuidade para esclarecer qual era a motivação e o objetivo dos investigados com a invasão dos sistemas do TSE”, informou a corporação.
O e-Título é um aplicativo móvel para obtenção da via digital do título eleitoral. Permite o acesso rápido e fácil às informações da eleitora e do eleitor cadastradas na Justiça Eleitoral, como: zona eleitoral, situação cadastral, além da certidão de quitação eleitoral e da certidão de crimes eleitorais. O aplicativo pode ser baixado para smartphone ou tablet, nas plataformas iOS ou Android. Após baixá-lo, basta inserir os dados pessoais na conta.
Por meio de nota, o Tribunal Superior Eleitoral informou que identificou acessos irregulares no aplicativo e-Título, sem qualquer relação com o sistema de votação nem com o processo eleitoral, cuidando-se de informações relativas a dados e informações não sensíveis.
“Foi imediatamente comunicado o fato com pedido de providências à Polícia Federal, do que resultaram as medidas por ela adotadas”, informou o tribunal.
“O Tribunal Superior Eleitoral permanece atento a qualquer abuso ou desvio de particulares em relação a dados inseridos nos sistemas disponíveis e de guarda da Justiça para garantia plena dos direitos, segurança e proteção total dos eleitores, como nunca deixou de ocorrer, nem será admitido”, completou.