Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 7 de fevereiro de 2023
A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (7) quatro policiais militares suspeitos de se omitir no enfrentamento e colaborar com os atos golpistas de 8 de janeiro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Entre eles está o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, então chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal (DF).
Os outros são o capitão Josiel Pereira César, ajudante de ordens do comando-geral da Polícia Militar, o major Flávio Silvestre de Alencar, envolvido na ação que “liberou” o acesso dos vândalos ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) e o policial Rafael Pereira Martins. A Corregedoria da Polícia Militar do Distrito Federal acompanhou a ação.
Quinta fase
Os mandatos compõem a quinta fase da operação Lesa Pátria e, além das prisões, há ainda seis ordens de busca e apreensão. A suspeita de omissão e conivência das polícias locais no dia das ações golpistas levou à destituição e à prisão de integrantes da cúpula da segurança pública do DF – incluindo o então secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, e o então comandante da PM, Fábio Augusto Vieira.
Em nota, a defesa do coronel Jorge Naime afirma que o suspeito “agiu conforme a lei e a técnica, realizando todas as prisões ao alcance das condições materiais com as quais contava no momento”. “O avanço das investigações demonstrará a inocência do Coronel, que há 30 anos presta serviços relevantes à população do Distrito Federal”, disse.
Operação Lesa Pátria
Nas últimas semanas, mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em várias partes do Brasil contra pessoas envolvidas diretamente na depredação ou que financiaram ou planejaram os atos extremistas na capital federal. Até o último dia 6 de fevereiro foram cumpridos, no total, 16 mandados de prisão e 31 mandados de busca e apreensão nas fases anteriores da mesma operação Lesa Pátria, que se tornou permanente.
As investigações já levaram à denúncia de mais de 900 suspeitos —a maior parte foi detida ainda no dia dos ataques, após ser conduzida até a sede da PF em um comboio de ônibus.
As ações já foram deflagradas a partir de investigações da própria PF, da Procuradoria Geral da República (PGR) e da Polícia Legislativa do Senado. Em todos esses casos, os mandados foram expedidos e autorizados pelo Supremo Tribunal Federal.
Os ataques contra o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF, que deram início às investigações contra manifestantes extremistas e à Operação Lesa Pátria completam um mês nesta quarta-feira (8).