Quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 27 de novembro de 2024
A PF (Polícia Federal) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (27), a Operação Não Seja Um Laranja 4 para desarticular esquemas criminosos voltados à prática de fraudes bancárias eletrônicas no Rio Grande do Sul e em mais seis Estados brasileiros.
A ação contou com o apoio da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), da Abranet (Associação Brasileira de Internet) e da Zetta (associação criada por empresas de tecnologia com atuação no setor financeiro).
A operação faz parte da Força-Tarefa Tentáculos, que tem como um dos principais pilares a cooperação com a instituições financeiras no combate às fraudes bancárias eletrônicas.
A PF cumpriu 30 mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo. No RS, houve o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em Porto Alegre. Não ocorreram prisões.
Nos últimos anos, as investigações da PF detectaram um aumento considerável da participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos, para os quais “emprestam” suas contas bancárias mediante pagamento. Esse “lucro fácil”, com a mercantilização de abertura de contas para receber transações fraudulentas, possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que vitimam inúmeros cidadãos. Tais pessoas são conhecidas popularmente como “laranjas”.
Os delitos apurados na Operação Não Seja um Laranja 4 são: associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, cujas penas podem somar mais de 20 anos de prisão.
“Essa é mais uma operação de caráter nacional que visa coibir esse tipo de conduta criminosa, a exemplo das ações já realizadas nos anos de 2022 e 2023 com alcance nacional”, informou a PF.
“Emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime, além de provocar um dano considerável aos cidadãos, quer pelo potencial ofensivo desse tipo de conduta delitiva, que tem sido um dos principais vetores de financiamento de organizações criminosas, como também pelos prejuízos financeiros a milhares de brasileiros”, alertou a corporação.