Sábado, 22 de fevereiro de 2025

Por que picos de açúcar no sangue fazem mal à saúde? Especialista explica

A glicose é a principal fonte de energia do corpo. Portanto, os níveis de glicose no sangue, também conhecido como glicemia, afetam quase todos os aspectos da saúde, desde os níveis de energia e desejos até o humor, o sono e o bem-estar.

Como a glicose é obtida?

A glicose é obtida pela alimentação, mais especificamente pela ingestão de carboidratos, ou seja, de amidos, como pão, arroz, macarrão, batata, e açúcares, incluindo sobremesas e frutas. Neste caso, você pode pensar, mas então precisamos de muita para funcionar bem. Certo?

Na prática, não é assim. Glicose em excesso é prejudicial à saúde.

“Muita glicose ocorre quando o açúcar no sangue aumenta muito depois de comer muitos carboidratos”, explica a bioquímica francesa Jessie Inchauspé, autora dos livros “Revolução da Glicose” e “O método da glicose”.

Esse excesso de açúcar no sangue em pouco tempo leva a picos de glicose. Para tentar diminuir a quantidade de açúcar no sangue, o organismo libera insulina, hormônio que tem o papel de regular a glicemia. No entanto, isso gera uma espécie de “montanha-russa glicêmica” que, segundo Inchauspé, é prejudicial à saúde.

“Quando os níveis de glicose aumentam e caem, você pode se sentir cansado, lento, mal-humorado ou com fome. Picos ocasionais são normais, mas picos frequentes e prolongados podem levar à resistência à insulina e outros problemas de saúde, como armazenamento de gordura, especialmente ao redor do abdômen; diabetes; condições inflamatórias como acne, enxaquecas ou dores nas articulações; doenças cardíacas e até envelhecimento mais rápido”, explica.

Como quase tudo na vida, é uma questão de equilíbrio.

E como fazer para manter esses níveis equilibrados? Em seu primeiro livro, a autora apresenta dicas para estabilizar a glicemia. São elas:

Coma na ordem certa: sim, neste caso, a ordem dos fatores influencia o resultado. Para evitar picos de glicose, o ideal em uma refeição é começar pelas fibras (verduras e vegetais), depois proteínas e gorduras, e, no fim, amidos e açúcares.

Adicione uma entrada verde a uma refeição por dia: A fibra nos vegetais atua como um “escudo” no intestino, retardando a absorção de glicose dos alimentos que você ingere posteriormente, mantendo seus níveis estáveis.

Pare de contar calorias: estudos mostram que pessoas que focam no achatamento da curva de glicemia podem ingerir mais calorias e perder gordura mais fácil do que pessoas que ingerem menos calorias, mas não achatam a curva glicêmica.

Adote o café da manhã salgado: começar o dia com proteínas, gorduras e fibras em vez de carboidratos evita o primeiro pico do dia, o que muitas vezes dá o tom para um ciclo de picos e quedas.

Coma o açúcar que preferir — são todos iguais: Qualquer tipo de açúcar, independentemente da cor, sabor ou planta de origem, continua a ser glicose e frutose e causa o mesmo efeito no corpo: picos de glicemia. Então, escolha o que você gosta mais.
Em vez de lanches doces, coma sobremesa: A melhor hora para comer doces é depois de uma refeição com gorduras, proteínas e fibras, pois isso ajuda a achatar o pico de glicose causado pelo açúcar.

Depois de comer, mexa-se: uma caminhada de 10 minutos ou movimentos leves após a refeição ajudam os músculos a consumir a glicose do sangue, reduzindo os picos.

Se fizer uma boquinha, evite o doce: a ideia de que comer algo doce vai trazer energia é um mito. Caso esteja em busca de energia, esqueça o doce e prefira algo salgado, como uma pasta de castanhas. (AG)

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