Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 30 de janeiro de 2025
Em reunião nessa quinta-feira (30) no Palácio Piratini, o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, reforçou ao governador gaúcho Eduardo Leite o pedido de recursos para o reparo emergencial de equipamentos do sistema de contenção de enchentes na cidade. A administração municipal estima em mais de R$ 400 milhões o valor total necessário.
Além de vincular a solicitação a repasses do “Plano Rio Grande”, o chefe do Executivo da Capital voltou a defender a importância da realização de parcerias estratégicas entre entre as duas esferas de poder, a fim de viabilizar o avanço das medidas. A prioridade é recuperar as estruturas danificadas pelo desastre climático de maio do ano passado, enquanto novas ações são desenvolvidas.
“Estamos lidando com obras urgentes para a reconstrução de Porto Alegre”, frisou Melo. “Para que sejam colocadas em prática, é preciso um alinhamento entre todos os entes federados para mantermos o ritmo da reconstrução e avançarmos em investimentos concretos de infraestrutura que reforcem a segurança da população.”
Durante a reunião também foram abordadas ações preventivas para reduzir a ocorrência de alagamentos em áreas vulneráveis, da capital gaúcha. Dentre os pontos mais críticos estão a região das Ilhas e áreas mais baixas nas imediações do Guaíba.
Escritório de Reconstrução
O secretário municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus) e diretor do Escritório de Reconstrução, Germano Bremm, apresentou um resumo das ações já executadas para recuperar e qualificar os equipamentos públicos danificados pela enchente, bem como aprimorar a infraestrutura existente. A lista inclui diques, casas de bombas, comportas e o Muro da Mauá, no Centro Histórico.
Também participou do encontro o novo diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Bruno Vanuzzi.
Estatística mencionada pela prefeitura contabiliza que, dos 209 equipamentos públicos destruídos pelas enchentes de maio, 36 não estão em funcionamento. O sistema de proteção contra cheias de Porto Alegre foi instalado na década de 1970 e abrange 68 quilômetros de diques, 23 casas de bombas e 14 comportas, distribuídas ao longo do Guaíba e de seus afluentes.
Drenagem na região do Gasômetro
O Dmae iniciou os trabalhos de readequação da rede de drenagem urbana da avenida Presidente João Goulart, no entorno da Usina do Gasômetro. No local está mobilizada uma equipe composta por técnicos especializados em topografia, esgoto, limpeza, manutenção em espaços confinados, extensão e reconstrução de redes.
Para minimizar o acúmulo de água nos pontos mais críticos, foram criadas quatro bocas-de-lobo. Também são providenciadas melhorias na interligação das redes de micro e macrodrenagem, a fim de permitir que a água da chuva chegue mais rápido à Estação de Bombeamento de Águas Pluviais (Ebap) localizada na Rótula das Cuias, próximo ao Parque da Harmonia e à avenida Beira-Rio.
A força-tarefa de limpeza da rede, criada após a cheia histórica do Guaíba, já atuou em todas as vias do Centro Histórico. No caso da avenida Presidente João Goulart, que possui um elevado grau de impermeabilização, foram realizadas múltiplas intervenções.
Foi a identificada a necessidade de aumento no número de entradas de água na rede, substituição de equipamentos danificados pela ação do tempo e correção do fluxo das tubulações. As intervenções no entorno da Usina do Gasômetro devem ser concluídas nas próximas semanas.
(Marcello Campos)