Segunda-feira, 06 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 4 de janeiro de 2025
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), voltou atrás na decisão de nomear seu vice, o coronel Mello Araújo (PL), indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, como secretário. Antes de iniciar o segundo mandato, Nunes havia anunciado que Mello Araújo comandaria a Secretaria Executiva de Projetos Estratégicos.
Contudo, o prefeito manteve Edsom Ortega na Pasta, ressaltando que o vice terá um papel estratégico no governo, sem necessariamente ocupar um cargo de secretário.
“É uma pessoa que vai estar do meu lado todos os dias, acompanhando, participando, ajudando e atuando na gestão. A questão de ter a função ou não, isso não interfere no trabalho que vai desenvolver. Ele será o responsável pelas ações estratégicas da Prefeitura de São Paulo”, afirmou Nunes durante coletiva de imprensa.
Desde a primeira reunião do secretariado de Nunes, na quinta-feira (2), esta tem sido a mensagem da gestão: Mello Araújo terá um papel de coordenação das ações estratégicas na prefeitura — que por vezes englobam mais de uma pasta.
Nunes já havia adiantado na quinta, e a nota da prefeitura reforça, por exemplo, que o vice-prefeito estará à frente do Plano Preventivo de Chuvas de Verão, que conta com políticas públicas de todas as pastas relacionadas ao tópico.
Agenda liberal
Com o recuo na nomeação de Mello Júnior, o PL de Bolsonaro, partido do vice-prefeito, ficou com apenas duas Pastas: a Secretaria de Verde e Meio Ambiente e a Secretaria Executiva de Desestatização e Parcerias.
Já o MDB de Nunes ganhou protagonismo na nova gestão. O partido ocupará ao menos seis secretarias, incluindo a Casa Civil, comandada por Enrico Misasi, presidente do diretório municipal do MDB, e outras Pastas estratégicas, como Habitação, Cultura, Gestão, e Direitos Humanos e Cidadania.
Nunes reforçou a defesa de uma agenda liberal, com foco em privatizações e parcerias público-privadas (PPPs).
Ele criticou a esquerda por questionar o programa de concessões que inclui desde cemitérios até a gestão de escolas públicas. “Estamos mostrando que o nosso modelo liberal é o correto. As concessões e PPPs têm dado resultados positivos”, afirmou o prefeito.
Entre os planos para o novo mandato, Nunes destacou a concessão de 50 escolas públicas para a iniciativa privada, além de expandir as parcerias para reformas nas unidades educacionais.
No primeiro mandato, ele enfrentou críticas sobre as concessões de cemitérios, devido aos altos preços cobrados pelas concessionárias e à zeladoria deficitária.