Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 24 de outubro de 2024
O exame toxicológico do cantor Liam Payne apontou que ele tinha uma combinação de drogas sintéticas no corpo na hora da morte conhecida como “cocaína rosa”.
O laudo também concluiu que o cantor tinha consumido crack e cocaína, além de uma versão argentina de metanfetamina.
Payne, que era ex-integrante da banda One Direction, morreu no dia 16 de outubro depois de cair do terceiro andar do hotel em que estava hospedado, em Buenos Aires, na Argentina.
A polícia havia encontrado no quarto onde ele estava vestígios do uso de drogas, inclusive medicamentos, e a análise preliminar indicou que ele estava sob o efeito de entorpecentes.
O que é?
A substância é, na verdade, um coquetel de drogas sintéticas vendido em pó. Apesar do nome, não contém necessariamente cocaína. Em vez disso, geralmente traz uma mistura de várias outras substâncias, incluindo MDMA, cetamina e 2C-B.
– O MDMA, comumente conhecido como ecstasy, é um estimulante com propriedades psicodélicas;
– A cetamina é um anestésico poderoso que tem efeitos sedativos e alucinógenos;
– As drogas 2C são classificadas como psicodélicas, mas também podem produzir efeitos estimulantes.
A mistura recebe o nome “rosa” devido à sua cor vibrante, causada pela adição de corante alimentício às drogas.
Efeitos
Segundo especialistas, não há como saber ao certo porque a mistura pode variar, tanto com a inclusão de substâncias, como na quantidade que há de cada substância.
Especialistas comparam o uso da droga com o de jogar roleta russa, numa alusão à natureza imprevisível e perigosa dessa substância.
Em geral, a “cocaína rosa” contém drogas que têm tanto efeitos estimulantes quanto depressivos, além de alucinógenos. A combinação traz sérios riscos à saúde.
Órgãos de saúde da Europa emitiram alertas recentes sobre o aumento de incidentes com mortes e overdoses.
Onde surgiu
Especialistas explicam que a primeira versão da droga surgiu em 1974, quando foi sintetizada pela primeira vez pelo bioquímico americano Alexander Shulgin, com o objetivo de proporcionar experiências psicodélicas.
No entanto, não se tornou popular como agora antes de 2010, quando passou a ser vendida uma formulação “adaptada” e mais barata, a partir da Colômbia, segundo as autoridades.
Com isso, a “cocaína rosa” se tornou popular, principalmente na América Latina, mas já há alertas de sua venda nos Estados Unidos e em países da Europa.