Domingo, 15 de dezembro de 2024

“Punição para todos, a começar pelo chefe inelegível”, diz a presidente do PT após prisão de Braga Netto

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, disse neste sábado (14), que deve haver punição para todos os aliados do ex-presidente da República Jair Bolsonaro. A declaração foi dada após prisão do general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022.

“Com essa gente não pode haver impunidade. Punição para todos, a começar pelo chefe inelegível. Sem anistia”, disse ela, em referência a Bolsonaro.

“Braga Netto foi preso preventivamente porque tentou atrapalhar as investigações da polícia, isso depois de todos saberem que entregou dinheiro vivo em caixas de vinho, participando de plano para matar (o presidente) Lula, Alckmin (vice-presidente) e (o ministro do Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Queriam se manter no governo a qualquer custo, para continuar a venda do País”, escreveu Gleisi na rede social X.

Segundo Gleisi, a prisão de Braga Netto, a condenação do ex-deputado Roberto Jefferson a nove anos de prisão pelo STF e a formação de maioria no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) para cassar a deputada Carla Zambelli são notícias importantes no enfrentamento à extrema direita.

“São três nomes da cúpula bolsonarista que cometeram crimes gravíssimos contra a democracia. Três incitadores do ódio e da violência política”, escreveu Gleisi.

Ministros de Lula avaliaram como positiva a detenção do ex-integrante do governo do ex-presidente. Braga Netto está sob custódia do Exército no Comando da 1ª Divisão de Exército, no Rio de Janeiro (RJ).

“O dia amanheceu com Braga Netto preso. Que todos os golpistas sejam investigados, julgados e responsabilizados por atentarem contra a nossa democracia!”, escreveu Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência.

“Crimes contra o Estado Democrático de Direito não serão tolerados. O manifesto apresentado no Pleno do Conselhão na última quinta-feira reafirma: proteger o Brasil exige compromisso com a Justiça e a defesa intransigente da democracia. Grande dia!”, disse Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais.

“Em 2018, Marielle se levantava contra a intervenção no Rio e seu interventor General Braga Netto. Buscando a defesa da vida e proteção da democracia. Quase 7 anos depois, o mesmo general agora é réu e foi preso por uma tentativa de golpe contra nosso país. Pra não esquecer, pra nunca mais acontecer. Que nos posicionemos sempre do lado certo da história”, afirmou Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial.

 

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