Terça-feira, 07 de janeiro de 2025

Queda de ponte entre Tocantins e Maranhão completa duas semanas e três pessoas continuam desaparecidas em rio

A queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do Tocantins e do Maranhão, completou duas semanas neste domingo (05). São 14 dias de luto para as famílias de 14 vítimas localizadas e angústias aos parentes de três pessoas que ainda estão desaparecidas nas águas do Rio Tocantins.

O desabamento da ponte aconteceu na tarde do dia 22 de dezembro de 2024. Era pouco antes das 15h quando o vão central da estrutura, que tinha mais de 60 anos, se rompeu levando junto aos escombros dez veículos e seus ocupantes. Ao todo, 18 pessoas foram vítimas do colapso da ponte, sendo que apenas um homem conseguiu sobreviver.

Antes da ponte cair, moradores dos dois estados já alertavam as autoridades sobre a situação da estrutura. A queda aconteceu no exato momento que o vereador de Aguiarnópolis, Elias Júnior (Republicanos), filmava o local para denunciar os problemas da ponte que liga a cidade a Estreito, no Maranhão.

Ela servia de travessia entre os estados e para atender o corredor Belém-Brasília desde a década de 1960, quando foi inaugurada. Segundo documentos de inspeção feita em 2019 pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), houve uma recuperação estrutural entre os anos de 1998 e 2000, mas passados mais de 20 anos, ainda havia muito o que fazer para torná-la segura. A Polícia Federal e órgãos ministeriais estão apurando as causas do desmoronamento.

Ao longo das últimas duas semanas, os trabalhos da Marinha do Brasil, Corpo de Bombeiros Militar, Defesa Civil, polícias Civil e Militar dos dois estados e outros órgãos se concentraram no resgate às vítimas que afundaram junto com os veículos.

Para isso, foi preciso empregar o trabalho de mergulhadores e equipamentos de última geração para analisar a situação dos veículos que caíram no Rio Tocantins. Ao todo, são quatro caminhões, duas caminhonetes, um carro e três motos.

Profundidade dificulta

O ponto do Rio Tocantins por onde a ponte JK atravessava tem cerca e 48 metros de profundidade. Além desse fator, os escombros acabaram dificultando as buscas pelos desaparecidos.

Para os trabalhos, estão a força-tarefa organizada com os mergulhadores e utiliza drones e equipamentos subaquáticos da Polícia Federal, da Transpetro/Petrobras e da Marinha do Brasil. Também integram as equipes 87 militares da Marinha, além dos 20 militares que participam remotamente, em Belém (PA), do planejamento e da logística da operação.

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