Segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Renato Aragão, o eterno Didi, faz 90 anos e ganha uma série de homenagens

A área do Direito pode até ter perdido um advogado talentoso, mas o humor brasileiro certamente ganhou um dos comediantes mais inventivos e carismáticos da história: Renato Aragão. O artista cearense – integrante do quarteto Os Trapalhões – completa 90 anos nesta segunda (13) e vai ganhar uma série de homenagens.

A começar por uma estreia no Globoplay neste domingo (12). A comédia ‘Simão, o Fantasma Trapalhão’, chega na plataforma para animar as férias da criançada. No longa-metragem – aliás, um dos muitos que os Trapalhões fizeram ao longo de décadas e arrastaram multidões para as salas de cinema de todo o Brasil – um milionário compra um castelo assombrado para passar as férias com os netos, mas Didi e Dedé (Santana) não gostam nada da situação. Isso porque o fantasma Simão já vive lá há dois séculos e, para se libertar, precisa que alguém encontre um tesouro escondido.

Na quarta-feira (15) será a vez da Globo exibir um Tributo especial para celebrar o aniversário do intérprete de Didi Mocó Sonrisal Colesterol Novalgina Mufumbo. O programa, que vai ao ar logo após o BBB 25, por volta das 23h10, vai contar a trajetória pessoal e profissional de Renato desde o nascimento em janeiro de 1935 em Sobral, no Ceará, o surgimento dos Trapalhões – quarteto ainda formado por Dedé, Mussum e Zacarias – a relação com as crianças e a religião e até um acidente aéreo nos anos 1950 que matou 13 pessoas no interior da Paraíba e teve justamente o humorista como um dos sobreviventes.

Antônio Renato Aragão – seu nome de batismo – se formou em Direito e foi na faculdade que teve suas primeiras experiências artísticas. Didi, seu personagem mais famoso – que é praticamente um alter ego de Renato – surgiu em 1960, no programa Vídeo Alegre, da TV Ceará.

Numa entrevista ao site Memória Globo, Renato Aragão explicou como nasceu sua criação. “Quando o diretor me mandou escrever a programação de inauguração da TV Ceará, eu comecei a fazer um esquete. Eu escrevia: ‘Renato entra…’ Logo percebi que não era engraçado botar o nome, eu precisava ter um apelido. Me veio esse nome: Didi. Não sei se porque era fácil escrever Didi. Não foi pesquisado, não foi nada. Foi recebido”.

Ainda em depoimento ao site, Renato revelou que não achava que teria vocação para a veia artística e muito menos fazer rir: “Eu não pretendia ser artista. Eu trabalhava num banco. E minha intenção era me formar em direito, como realmente me formei. Para mim, essa já era a realização da minha vida. Mas, quando adolescente, eu assisti a dois filmes do Oscarito, Aviso aos Navegantes e Carnaval no Fogo. Assisti 15 vezes ao primeiro e 16 ao segundo – já não aguentava mais aquelas músicas, mas fiquei apaixonado pelo cara. Eu não sabia que, ali, eu estava mudando meu destino”, contou o Trapalhão.

Festa

Apesar do aniversário ser na segunda, as comemorações iniciaram já nesse domingo (12) com a celebração de uma missa no Cristo Redentor, um dos pontos turísticos mais famosos do mundo e que tem lugar cativo no coração de Renato. Em 1991, o comediante subiu na estátua do Cristo para participar do especial de 25 anos do programa Os Trapalhões. Ele sentou-se no braço da estátua e beijou a mão dela. O momento foi transmitido no programa Criança Esperança daquele ano.

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