Quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Representantes da Brigada Militar e Polícia Civil se pronunciam sobre o incidente em Novo Hamburgo

Em coletiva de imprensa, representantes da Brigada Militar (BM), Polícia Civil e Instituto-Geral de Perícias (IGP) se manifestaram oficialmente sobre o caso envolvendo um homem encontrado morto em sua residência após matar o pai, o irmão e um soldado da BM, além de ferir a mãe, uma cunhada e outros oito agentes, seis deles gravemente. O incidente ocorreu em Novo Hamburgo (Vale do Sinos) entre a noite de terça-feira (22) e a manhã seguinte.

A reunião com os repórteres teve como local o 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Novo Hamburgo. Titular da Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP-RS), Sandro Caron destacou a reposta rápida dos policiais a durante a ocorrência. Ele também apresentou um resumo cronológico dos fatos:

– Acionada pelo número 190 em razão de um relato de agressão familiar, a BM chegou ao local e foi recebida a tiros por um homem de 45 anos.

– Após uma quantidade significativa de disparos, foi acionado o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e o Comando da Polícia de Choque. O criminoso portava duas pistolas, duas espingardas, farta munição e carregadores.

– Foram realizadas três incursões do Bope para socorrer as vítimas, incluindo familiares e militares.

– O ataque resultou na morte do pai e do irmão do atirador, além do policial militar Everton Kirsch Júnior, 31 anos, pai de um bebê de 45 dias. No começo da manhã dessa quarta (23), o autor dos disparos foi encontrado sem vida, dentro de casa.

Declarações

O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Cláudio Feoli, também se pronunciou: “Toda a sociedade está de luto. Acabamos perdendo um herói, o soldado Éverton”.

Por sua vez, o chefe de PC, delegado Fernando Sodré, deslocou a equipe do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa e a Delegacia Regional de São Leopoldo, que realizaram uma apuração preliminar dos fatos.

Ainda de acordo com a SSP-RS, o atirador não apresentava antecedentes criminais e tinha registro das armas-de-fogo. Sodré confirmou, porém, episódios de internação por esquizofrenia: “Estamos colhendo depoimentos, mas tudo indica comportamento agressivo com os pais e outros problemas familiares”.

Mais cedo, o governador Eduardo Leite repercutira o episódio: “O soldado Everton, com apenas 31 anos, deu sua vida para proteger a sociedade gaúcha. Ele era esposo, pai de um bebê de 45 dias e, acima de tudo, um herói. Que sua coragem e dedicação nunca sejam esquecidas. Meus sentimentos à família e o desejo de rápida recuperação aos feridos”.

Também estiveram presentes na coletiva de imprensa o comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio dos Sinos (CRPO-VRS), coronel Luís Felipe Moreira, o comandante do 3º BPM, Alexandre Famoso, e a diretora-geral do IGP, Marguet Mittmann.

(Marcello Campos)

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