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Por Redação Rádio Pampa | 19 de março de 2020
A SES (Secretaria Estadual de Saúde) confirmou nesta quinta-feira (19) mais casos por coronavírus no Rio Grande do Sul, totalizando 33 casos no Estado.
Dois foram confirmados em Bagé, na região da Campanha. Um dos pacientes tem 59 anos e viajou para o Rio de Janeiro. O segundo, de 58, teve contato com esse caso.
E também na tarde desta quinta-feira, a prefeitura de Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, publicou uma nota e confirmou o primeiro caso na cidade. Trata-se de uma mulher, de 24 anos, que possui histórico de viagem para fora do País, para Portugal. A paciente se encontra em isolamento domiciliar e segue sendo monitorada.
Mais tarde, a SES confirmou mais dois casos, ambos de homens: um de 61 anos, de Porto Alegre, em que a viagem está em investigação, e um de 45 anos, de Erechim, que viajou para São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia).
Com isso, o número de casos confirmados sobre para 33 no Estado.
Deste total, 20 foram registrados em Porto Alegre. Os demais foram confirmados em Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Torres, Farroupilha, Serafina Corrêa e Campo Bom.
Decreto
Devido à gravidade da pandemia de coronavírus, o governo do Estado decretou, na manhã desta quinta-feira, situação de calamidade pública. Com a mudança de status, novas restrições serão adotadas, procurando retardar a propagação da doença no Rio Grande do Sul. O decreto tem aplicação imediata e será enviado à Assembleia Legislativa para ser convalidado por meio de decreto legislativo.
O governo também publicou um decreto instituindo um Gabinete de Crise, envolvendo vários setores da sociedade separados em comitês específicos. “Existe um delay entre o contágio e a confirmação oficial. A estimativa é de que uma pessoa contaminada dissemine o vírus para mais três pessoas. Por isso, é importante salientarmos que essas medidas reforçam a situação de urgência que vivemos, não somente em Porto Alegre e na Região Metropolitana, mas em todo o Rio Grande do Sul”, ressaltou o governador Eduardo Leite, em coletiva de imprensa realizada por meio de transmissão ao vivo no Facebook, no Palácio Piratini.
O primeiro decreto veda o transporte interestadual, estabelece o limite de 50% de capacidade no transporte intermunicipal e também veda o transporte além da capacidade de passageiros sentados no transporte municipal.
Ainda traz restrições ao comércio, como limite de compra de itens essenciais pelo consumidor, e proíbe a prática de preços abusivos devido à situação de excepcionalidade.
A população de risco, que engloba idosos e doentes crônicos, terá um horário específico para fazer compras. Aos shoppings centers, fica determinado o fechamento de todo o comércio não essencial, com exceção de restaurantes, farmácias, supermercados, clínicas e agências bancárias.
Em restaurantes, será necessário manter um distanciamento de dois metros entre cada pessoa e reduzir a capacidade de atendimento, a fim de diminuir as chances de disseminação do vírus.
Além disso, determina que o setor de comércio e indústria estabeleça planos de revezamento e alteração de jornadas para reduzir a exposição e o fluxo de trabalhadores. O decreto de calamidade pública dará à Secretaria da Saúde o poder de fazer requisição de bens e de serviços, tanto quanto for necessário.