Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 24 de junho de 2023
O monumental complexo de templos romanos do Largo Argentina, local onde, segundo a tradição, Júlio César foi assassinado e ficou esquecido em meio ao trânsito caótico do centro de Roma, abriu seu acesso ao público pela primeira vez desde a sua descoberta, no início do século passado. Agora, turistas podem passear pelo local.
O imperador romano foi esfaqueado até a morte por um grupo de senadores nos Idos de Março do Calendário Romano – que corresponde ao dia 15 de março no calendário atual –, em 44 a.C., e o relato deste assassinato foi eternizado por William Shakespeare em sua peça de teatro, que leva o nome de César.
Acredita-se que César tenha morrido no Largo Argentina, no centro da capital italiana, que abriga partes remanescentes de quatro templos, descobertos há quase um século, durante a demolição de alguns edifícios antigos que trouxeram à luz um dos mais importantes e antigos sítios arqueológicos de Roma.
Importância
No entanto, vários incêndios e renovações foram mudando sua estrutura até que o local foi enterrado sob as ruas da Cidade Eterna por séculos. Apesar da importância desse espaço sagrado, ainda não está claro a quais deuses cada templo era dedicado.
Algumas das hipóteses mais aceitas apontam que nesses espaços a deusa Feronia, controladora das florestas, a ninfa Juturna, divindade menor das águas e nascentes, os Lares Permarinos, que protegiam os romanos quando viajavam, e a deusa Fortuna em uma de suas muitas formas.
As ruínas estão todas abaixo do nível da rua e, até recentemente, só podiam ser vistas por trás de barreiras próximas a um cruzamento de avenidas movimentadas. Desde a última terça-feira (20), os visitantes podem percorrer o local no nível do solo na passarela e ver as estruturas de perto. O projeto foi financiado pela casa de moda italiana Bulgari, com o dinheiro que sobrou da restauração da famosa Escadaria Espanhola, em Roma. O Largo Argentina foi descoberto e escavado pela primeira vez durante um trabalho de construção na década de 20.
A área – próxima onde César, segundo Shakespeare, exclamou “Até tu, Brutus?”, ao ver seu afilhado Brutus entre seus assassinos – atualmente também abriga um santuário para gatos.