Quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Rusga entre Padilha e Gleisi pesou o clima no PT

Apesar do fim do barraco público entre Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, dentro do partido sobram farpas em várias disputas, envolvendo a presidência do PT, a reforma ministerial e a sinecura de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), prometida ao partido. Gleisi ainda não desistiu de eleger José Guimarães (CE) seu sucessor, que não agrada muito. A única coisa que une as principais facções é contar os dias para vê-la fora da função.

Persona non grata

Gleisi cava a vaga no TCU negociada em troca do apoio a Hugo Motta (Rep-PB) à presidência da Câmara, mas ainda lhe falta apoio suficiente.

Cadeiras

Guimarães está mais próximo de assumir o lugar de Padilha, que fracassou como articulador político, do que a presidência do partido.

Dois por um

Guimarães na pasta de Padilha resolve dois problemas: o governo se livra de Alexandre Padilha e reduz a disputa pelo comando do PT.

Em desidratação

Gleisi defende que o próximo presidente do PT deve ser do Nordeste, até para tentar reaver o espaço perdido na região, nas eleições municipais.

Guarulhos esteve sob GLO de Lula por sete meses

Esteve sob decreto de “Garantia da Lei e da Ordem (GLO)” de Lula (PT) o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, onde na sexta (8) testemunha contra a quadrilha “PCC” foi executada a tiros. O assassinato, que fez lembrar os tempos da Chicago de Al Capone, foi cometido por homens encapuzados em plena luz do dia e intenso movimento no desembarque de passageiros, e diante de câmeras de segurança. Serviu para mostrar que a GLO não deixou qualquer legado útil à segurança daquela área.

Inutilidade

Assinado em 1º de novembro de 2023, a GLO de Lula duraria seis meses, mas ganhou prorrogação e acabou sem entregas em 5 de junho.

Provocação

A GLO permite ao presidente colocar o Exército na segurança pública. No caso de Guarulhos, foi só uma provocação ao governo São Paulo.

GLO seletiva

Lula se recusou a decretar GLO e colocar as Forças Armadas para defender as sedes de governo, durante o badernaço de 8 de janeiro.

Oscilou

Agora desbloqueado pela Justiça Eleitoral, o perfil de Pablo Marçal, ex-candidato à Prefeitura de São Paulo, perdeu parte dos antigos 13,1 milhões de seguidores. Agora, são “apenas” 12,9 milhões.

Grande diferença

Só a campanha de Kamala Harris gastou mais que todo o fundão eleitoral brasileiro de R$ 5 bilhões: no total, US$ 1,4 bilhão (R$ 8 bilhões). E perdeu. Mas nenhum centavo saiu do bolso de quem paga impostos.

Questão médica

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), recebeu diagnóstico de calcificação na cabeça do fêmur, daí o uso de muletas em agenda pública. É recomendação médica para aliviar a dor.

Em família

O prefeito eleito de Orós (CE), Simão Pedro (PSD), nem tomou posse e já disse que irá renunciar. Suplente de deputado, assumirá a vaga na Assembleia Legislativa. Quem herda a prefeitura é a vice, sua mãe.

16,4 milhões em favelas

A população das favelas cresceu 43% em 12 anos e soma 16,4 milhões de pessoas (IBGE). As mais populosas são Rocinha (RJ), Sol Nascente (DF), Paraisópolis (SP) e Cidade de Deus/Alfredo Nascimento (AM).

Comércio bilateral

O comércio entre Brasil e EUA cresceu no primeiro governo Trump. De 2017 a 2019, exportações subiram 13% e importações, 32%. A alta foi interrompida pela pandemia, em 2020. Mas voltou a crescer em 2021.

PT celebra dívida

A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) no Senado foi às redes sociais para comemorar que a indústria ultrapassou o agronegócio como o setor com o maior número de… empréstimos no BNDES.

Outra guerra

A chegada do inverno na Ucrânia virou notícia nos círculos militares. A média da temperatura no ano passado ficou entre 2ºC e -5ºC, com mínimas em algumas regiões que podem superar -20ºC.

Pensando bem…
…é boa a notícia para Bolsonaro: Lula garantiu que só será candidato se for contra a “extrema-direita”.

PODER SEM PUDOR

Um paciente em fria

O programa de inauguração do Hospital dos Radialistas, no Rio, previa até uma cirurgia a ser realizada pelo então presidente Juscelino Kubitschek, que era médico em Carlos Frias. O genial Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, não deixaria de fazer uma advertência: “Não é preciso ser Carlos para entrar em frias. E fígado não é rins, que todo mundo tem dois…!

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

@diariodopoder

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