Quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Saiba como prevenir alergias na primavera e aproveitar ao ar livre

A batalha contra as alergias da primavera não está perdida. Embora sintomas típicos, como coceira nos olhos e nariz, espirros e tosse, causem desconforto no dia a dia e impactem o humor, é possível, em muitos casos, preveni-los com mudanças de hábitos, sugeridas por especialistas.

Segundo Gustavo Marino, chefe da área de alergologia e imunologia clínica do Hospital Austral, todas as alergias podem ser prevenidas porque dependem da exposição ao alergênio. “Vale dizer que se eu evitar não terei manifestações”, afirma.

Mas esclareça que embora pareça simples, na prática, pode ser muito complicado. “A primeira coisa é saber a que você tem alergia, pois não dá para evitar aquilo que não conseguimos identificar que nos deixa doentes. Em geral, o paciente alérgico percebe sozinho um pequeno número de todas as suas sensibilidades, mas muitas passam despercebidas. Então a primeira coisa é um bom diagnóstico”, explica.

O aspecto psicológico não deve ser deixado de lado. Para Rolando Salinas, chefe de saúde mental do Hospital Alemán e professor de psicologia da saúde da Universidade Católica Argentina (UCA), existe uma dupla relação entre episódios alérgicos e saúde mental. Isso porque, por um lado, o desencadeamento dos episódios pode ser resultado do fato de a pessoa sofrer de estresse ou passar por estados depressivos ou ansiosos, de modo que as alergias costumam ser consideradas doenças psicossomáticas ou distúrbios psicossomáticos.

“Devemos ter em mente que, embora todas as doenças ou enfermidades possam ter um aspecto psicossomático, em algumas isso é mais evidente e é o caso das alergias”, afirma Salinas.

Flores, árvores e insetos

A chegada da primavera vem acompanhada de uma série de sintomas pouco agradáveis ​​​​e que se acentuam nos dias secos e ventosos e diminuem nos dias mais úmidos e chuvosos.

Marino explica que nesta temporada normalmente há um aumento de pólen. “Destes, os que afetam os alérgicos são os menores porque têm a capacidade de permanecer suspensos no ar por mais tempo. Eles são chamados de anemófilos e vêm de árvores, gramíneas e ervas daninhas”, detalha.

Ao contrário do que se acredita, os que mais afetam não são os pólens encontrados nas flores, os chamados entomófilos. Estes, em geral, são maiores que os anteriores, são pegajosos e são carregados por insetos presos em seus apêndices. Os mais problemáticos são os primeiros, os menores, aqueles quase imperceptíveis que voam e ficam mais tempo no ar. Muitas pessoas alérgicas podem notar uma melhora em dias chuvosos e úmidos, quando esses pólens não conseguem voar tanto.

No entanto, o pólen não é a única coisa que pode dificultar a vida de uma pessoa alérgica durante a primavera: também se acrescenta o maior número de insetos. “Se você é alérgico a eles, pode ser um problema real. Principalmente por himenópteros como abelhas, vespas e formigas vermelhas”, afirma.

Por sua vez, Pablo Moreno, presidente da Fundação para o Estudo da Asma e outras Doenças Alérgicas (Fundaler), (MN 88.030), relata que os ácaros também causam alergias : “Os ácaros são aqueles parasitas que vivem em todas as casas, mas acima tudo o que eles escolhem para aparecer quando a temperatura e a umidade aumentam.” E detalha que para evitá-los é importante garantir que haja uma boa ventilação e evitar o acúmulo de objetos que possam reproduzi-los como bichos de pelúcia, revistas velhas, livros, etc.

Como detectar?

Marino comenta que para detectar a que se tem alergia é necessário realizar testes percutâneos e epicutâneos, nada menos que 80, com sistema de leitura informatizado que permite analisar cada uma das reações. Depois de feito o diagnóstico com o alergista, serão traçadas estratégias para evitar o que for possível e para o que for muito difícil ou impossível será necessário realizar um tratamento dessensibilizante. Moreno concorda que se a pessoa tiver diagnóstico e souber ao que está sensibilizada, existem inúmeros tratamentos.

“A imunoterapia é o processo em que vamos tentar dessensibilizar o paciente daquilo que aumenta seus sintomas alérgicos”, afirma.

Por outro lado, há uma série de medidas que uma pessoa pode tomar para reduzir a exposição. No entanto, ele alerta que muitos pacientes tendem a se automedicar ou a subestimar os sintomas, o que pode levar a complicações graves.

“É fundamental que quem apresenta sintomas persistentes durante a primavera consulte um alergologista para receber um tratamento adequado e personalizado”, enfatiza.

Dicas para evitar entrar em contato com agentes desencadeantes

1-Proteja os olhos e o nariz: Use óculos escuros e máscaras ao sair e reduza o contato do pólen com os olhos e o trato respiratório.

2-Horários adequados: Evite atividades ao ar livre nas primeiras horas da manhã e da noite, pois os níveis de pólen são mais elevados.

3-Enrole os vidros: No carro, dirija com os vidros fechados e o ar condicionado ligado, mantendo os filtros limpos.

4-Uma ajuda extra: consulte um médico sobre o uso de anti-histamínicos ou sprays nasais preventivos antes que os sintomas atinjam sua intensidade máxima.

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