Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Saiba por que o primeiro computador da Apple foi feito de madeira

Não há como discordar que o Apple 1 tenha trazido revoluções na história dos dispositivos eletrônicos, já que ele é o primeiro produto lançado oficialmente pela Maçã. É comum ver o computador em carcaças de madeira, e há algumas explicações históricas para isso.

O equipamento desenvolvido pelo engenheiro Steve Wozniak era oferecido inicialmente como uma placa de circuito, sem qualquer tipo de proteção. A princípio, a intenção era fazer com que os componentes fossem vendidos como um kit, a ser montados por entusiastas da tecnologia.

Contudo, Steve Jobs chegou a vender 50 unidades do computador já montado para a Byte Shop, loja de eletrônicos baseada na Califórnia. Foi ali que o conjunto de componentes eletrônicos foi colocado em madeira Koa, num total de seis unidades — atualmente, a quantidade de peças restantes é ainda mais baixa.

Não há uma explicação que justifique exatamente por que a madeira foi o material escolhido, mas é possível que tenha existido a intenção de agregar valor ao produto — afinal, a madeira Koa é considerada rara, com crescimento apenas em regiões bastante específicas.

Ao longo dos últimos anos, algumas unidades do Apple 1 com construção em madeira foram leiloadas nos Estados Unidos. Como esperado, o valor de arremate dos produtos subiu bastante em relação ao que já era cobrado originalmente, com cifras que chegaram a US$ 800 mil em determinadas compras.

Para efeito de comparação, em 1976 o computador teve cerca de 200 unidades vendidas pelo valor de US$ 666,66, já que Wozniak tinha apreço por números repetidos. Com a correção relacionada ao valor da moeda estadunidense, este preço seria equivalente a cerca de US$ 3,6 mil — ou algo próximo de R$ 17 mil em conversão aproximada.

De acordo com informações obtidas em agosto de 2022, 62 unidades do Apple 1 ainda existem no planeta, em que 41 delas são da primeira leva produzida por Wozniak. Contudo, estima-se que pelo menos mais 20 possam existir, ainda que não sejam registradas oficialmente.

Vírus espião

Uma gigantesca rede de aplicativos maliciosos distribuiu um malware espião a mais de 400 milhões de aparelhos com o sistema operacional Android. Disfarçado como jogos simples, utilitários e plataformas que ofereciam dinheiro ou prêmios, o malware agia nos bastidores para roubar arquivos, dados pessoais, números de cartão de crédito, carteiras de criptomoedas e outras informações dos usuários.

De acordo com um levantamento dos especialistas em segurança do Dr. Web, a campanha cibercriminosa era composta por 101 apps, que, juntos, acumularam mais de 421,2 milhões de instalações por meio da Google Play Store. Por trás dos spywares, entretanto, está um malware chamado SpinOk, que usa gamificação e elementos atrativos para manter os usuários ligados aos softwares criminosos.

Jogos de roleta ou caça-níqueis, tarefas diárias a serem realizadas e incentivos ao download de novos aplicativos que também traziam o malware eram algumas das artimanhas. Enquanto isso, a praga se conectava a servidores sob o controle de cibercriminosos para receber comandos e enviar as informações extraídas do celular dos usuários.

Minigames e objetivos de gamificação apareciam em utilitários e outros apps de Android, em campanha de contaminação com spyware que atingiu mais de 400 milhões de dispositivos (Imagem: Reprodução/Dr. Web)
Alguns dos aplicativos, sozinhos, acumulavam mais de 100 mil downloads de acordo com os números oficiais da Google Play Store — quase todos já foram retirados do ar.

Os especialistas apontam ainda para o risco de vazamento de imagens privadas ou confidenciais, já que a galeria era um dos locais varridos pelo SpinOk. Além disso, informações de sensores, utilização do dispositivo e outros recursos também eram acessadas e poderiam ser compartilhadas pelo malware, ferindo ainda mais a privacidade das vítimas da campanha.

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