Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025

“Se for comigo, vai perder outra vez”, diz Lula sobre Bolsonaro concorrer à Presidência em 2026

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira que derrotará o ex-presidente Jair Bolsonaro, caso ele seja habilitado pela Justiça para concorrer à Presidência em 2026.

“Se a Justiça entender que ele pode concorrer, ele vai concorrer. Mas, se for comigo, vai perder outra vez”, disse Lula em entrevista a rádios de Minas Gerais.

Bolsonaro foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e está inelegível por causa de uma reunião com embaixadores em que disseminou informações falsas sobre o sistema eleitoral. Lula declarou que, na avaliação dele, o ex-presidente não merece absolvição.

O presidente também criticou a discussão sobre anistia aos envolvidos no 8 de janeiro antes mesmo de os julgamentos terminarem e afirmou que “quem tentou dar um golpe e articulou a morte do presidente, vice e presidente do TSE não merece absolvição”. A fala é uma referência ao plano descoberto pela PF, do qual Bolsonaro teria ciência, segundo a investigação, que previa os assassinatos de Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes.

“Quem tentou dar um golpe e articulou a morte do presidente, do vice-presidente e do presidente do TSE não merece absolvição. Por menos do que eles fizeram, muita gente no partido comunista foi morto”, disse.

Aliança com PSD

Lula afirmou também que a aliança com o PSD é “forte”, afirmou que o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), alvo de pressão no Congresso, será mantido na pasta, mas errou um dos ministérios que o partido tem no governo.

“Tenho aliança muito forte com o PSD. Tenho três ministros do PSD no governo. Alexandre Silveira é ministro extraordinário, tem feito trabalho excepcional e será mantido. Tenho o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que é grande ministro, e o ministro do Turismo”, disse Lula.

O PSD, na verdade, está à frente do Ministério da Pesca, com André de Paula. O Turismo é comandado por Celso Sabino (União Brasil), mas o presidente do PSD, Gilberto Kassab, já externou a aliados de Lula o desejo de assumir a pasta.

Estratégia de comunicação

Na segunda-feira da semana passada, a pesquisa Genial/Quaest mostrou que o índice de aprovação ao governo Lula recuou cinco pontos, de 52% para 47%, e ficou pela primeira vez atrás do percentual dos que reprovam a atual gestão. Segundo o levantamento, 49% agora dizem desaprovar o presidente, dois pontos a mais do que o índice dos que aprovam.

Os segmentos que puxaram a piora foram aqueles que costumam despontar – e ainda despontam – como base de sustentação de Lula. Eleitores de baixa renda e moradores do Nordeste registraram quedas de sete e oito pontos na aprovação, respectivamente. Para o instituto, o cenário resulta da mistura entre frustração com promessas não cumpridas.

Sidônio assumiu um dia antes de o governo decidir recuar na portaria do Pix, em 14 de janeiro, com o compromisso de intensificar a atuação do governo nas redes sociais, de olho no enfrentamento ao bolsonarismo e à disseminação de fake news. Ele defende que mentiras e desinformações têm criado uma “cortina de fumaça” que impede que as ações da gestão cheguem à população brasileira, e que a gestão precisa saber se antecipar a isso.

 

(AG)

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