Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

“Se o problema sou eu, não tem problema”, disse Renato Gaúcho, abatido por exaltação a Jesus, mas mantido no Flamengo com apoio do elenco

“Se o problema sou eu, não tem problema”, disse Renato Gaúcho ao vice de futebol Marcos Braz após a eliminação do Flamengo na Copa do Brasil. O grupo de jogadores pediu que a saída não acontecesse e demonstrou confiança no técnico. Assim como o departamento de futebol.

A demissão do treinador virou a noite como o principal tema de debate entre a torcida e no clube, mas a troca está descartada neste momento, a 30 dias da final da Libertadores.

Renato fez questão de indicar internamente, ainda no vestiário, que poderia deixar o Flamengo em comum acordo se houvesse convicção de que o atual momento era culpa dele. Não houve um pedido de demissão. Mas o cargo foi colocado à disposição.

Na ocasião, só estavam no local Marcos Braz, o diretor Bruno Spindel e os gerentes Juan e Fabinho entre membros de diretoria. Após a derrota para o Athletico-PR, o presidente Rodolfo Landim deixou o Maracanã e não se reuniu com os representantes do departamento de futebol. Também não havia ninguém da cúpula do clube ou do Conselho do Futebol.

Renato demonstrou abatimento não apenas com o resultado e o desempenho, mas principalmente com os xingamentos e a exaltação ao técnico Jorge Jesus no Maracanã.

Nesse cenário e entre conselheiros do clube em geral, há divisão sobre a troca de comando. No calor da eliminação e diante da queda de produção da equipe, uma ala da diretoria entende que é preciso interromper o trabalho. Mas outros dirigentes defendem que é exatamente esse ciclo vicioso de troca de treinadores que precisa ser interrompido em algum momento.

Gestão do futebol

Um dos principais argumentos é que, como o futebol terceiriza todas as responsabilidades para o técnico, quando o treinador pede para sair, o departamento que terceirizou não sabe como como resolver o problema.

Braz, que trouxe Renato, Rogério Ceni e Domènec Torrent, é cobrado por tentar resolver tudo apenas com contratações em cima de contratações, sem pensar na gestão do futebol como um todo. As críticas ao departamento médico e à formação da comissão técnica são usadas como exemplos.

No Ninho do Urubu, os relatos apontam para trabalhos físicos que têm causado danos aos atletas, sobretudo quando estes saem de uma lesão e são preparados para voltar. Mas também há críticas aos métodos de Renato Gaúcho, que não apareceram quando o time emplacava goleadas em sequência.

Os comentários indicam que o técnico dá mais atenção aos coletivos e treinos de bola parada e orienta a parte tática mais em vídeos, sem explicações muito aprofundadas. A falta de tempo é a justificativa. Entre a diretoria, há o entendimento de que, diante das circunstâncias do calendário, os atletas precisam de descanso.

No clube, por outro lado, há um clamor por reformulação tanto de funcionários como de jogadores ao fim da temporada. Freado pela disputa da final da Libertadores, mais uma vez. Por isso, a reflexão de quem está em volta do presidente Rodolfo Landim é de que os técnicos não são os únicos culpados. E que as mudanças precisam ser mais profundas.

No momento, porém, a regra é juntar os cacos e focar na final da Libertadores. Mais urgentemente, no jogo com o Atlético-MG, no Maracanã, sábado, que pode oferecer uma resposta importante contra uma equipe que disputa todos os títulos com o Flamengo neste ano. Ou tornar o ambiente ainda mais pesado.

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