Quinta-feira, 09 de janeiro de 2025

Seleção da Alemanha enfrenta a Espanha neste domingo sob risco de eliminação

Todo brasileiro se recorda, mesmo involuntariamente, dos 7 a 1 sofridos para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo de 2014, em casa. Acontece que seis anos após aquela fatídica partida no Mineirão, os germânicos pagaram a humilhação imposta à nossa Seleção quando tomaram de 6 a 0 em um duelo direto pela classificação em um dos grupos da Liga das Nações da Uefa. O adversário? A Espanha.

Dois anos depois, enquanto muitos brasileiros sonham com a chance de ter uma revanche daquele dia, os alemães coçam a cabeça preocupados com o cenário que desponta para não serem eliminados pela segunda vez seguida na fase de grupos da Copa do Mundo. E a causa disso veste vermelho.

Novamente os destinos germânicos estão nas mãos dos espanhóis após a derrota de virada por 2 a 1 para o Japão, na última quarta-feira (23).

Caso os mesmos asiáticos vençam a Costa Rica neste domingo (27), às 7h (de Brasília), os alemães são obrigados a vencer a Espanha, certamente a adversária mais difícil do Grupo E, no jogo que acontece no mesmo dia, mas às 16h (de Brasília). Uma derrota nessas condições elimina pela segunda vez seguida a Alemanha na fase de grupos da Copa. Um empate faz os germânicos necessitarem de uma combinação de resultados difícil para seguirem na competição.

E a Espanha vem de sonora paulada de 7 a 0 sobre os centro-americanos na primeira rodada… Com as estrelas daquele dia há dois anos atrás voltando a marcar gols e brilharem agora no Catar.

Naquele fatídico 17 de novembro de 2020, a Alemanha foi a Sevilha precisando vencer para conseguir a classificação no Grupo 4 da competição secundária de seleções da Europa. Viu o show de Ferrán Torres, autor de três gols no acachapante triunfo dos mandantes. Morata, Oyarzabal e Rodri completaram o histórico placar. Foi a pior derrota da histórica germânica.

Desde a semifinal da Copa de 2014 um campeão mundial não perdia por seis gols de diferença.

A sucessão de fracassos alemães desde então só aumentou. A seleção chegou a ser rebaixada na Liga das Nações e só se salvou por uma manobra da Uefa. Também foi eliminada na Eurocopa ainda nas oitavas de final, para a França, depois de soar bastante para conseguir a classificação em um grupo com Inglaterra e Portugal.

Para quem viveu o apogeu de um trabalho considerado exemplar naquele Mundial disputado em terras brasileiras, a Alemanha mostra, no Oriente Médio, que a maldição verde-e-amarela foi pesada. Feliz dos espanhóis, que podem forçar a tetracampeã do Mundo a juntar os cacos mais uma vez neste domingo.

“Não acho que isso importe. Já se passaram dois anos. Estamos em uma situação diferente agora, melhoramos em muitas áreas, mesmo que as coisas ainda não tenham corrido bem. Aquela goleada não interessa a nenhum jogador”, assegurou o meia alemão Julian Brandt.

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