Quarta-feira, 05 de fevereiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 5 de março de 2024
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, foi o convidado do primeiro MenuPOA de 2024, promovido pela Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA), no Palácio do Comércio. Realizada nesta terça-feira (5), a reunião-almoço trouxe o tema “Porto Alegre, a cidade da nossa vida”, sobre o qual foi apresentado um panorama das principais áreas trabalhadas pela prefeitura para melhorar a qualidade de vida na capital gaúcha.
O prefeito apontou 2024 como um ano de continuidade às ações planejadas e iniciadas durante os seus três primeiros anos de mandato, as quais, de acordo com ele, visam a uma cidade mais resiliente e sustentável. “Este é o desafio que fica, não tem outro caminho”, defendeu. Para alcançar essa meta, ele entende que são duas as áreas fundamentais para que essas mudanças sejam possíveis. “Sem educação e sem cuidar das periferias, o Brasil não tem saída”, afirmou.
No que tange à educação, destacou o desafio de se alocar todas as crianças em escolas infantis, fazendo uma apelo para que se utilizem do sistema público de educação principalmente aqueles que, de fato, não possam arcar com os custos de uma instituição particular de ensino.
Já sobre as áreas periféricas, comentou sobre projetos de inovação e transformação social hoje em andamento em locais como o Morro da Cruz, a Vila Planetário e o bairro Humaitá, que, além de levar conexão de internet, promovem parcerias com empresas e desenvolvem espaços de inovação e cocriação. “As pessoas não querem sair dos seus territórios, mas ter oportunidades e uma vida urbana digna lá mesmo”, exemplificou.
Neste sentido, a mobilidade urbana foi identificada por Melo como uma das questões, junto da educação, que corrobora a qualidade de vida principalmente em zonas de vulnerabilidade social, se tratando, assim, de um desafio permanente. Para exemplificar, citou a tarifa de ônibus da capital, que teve seu valor mantido em prol daqueles que dependem do serviço. “Temos que governar para todos e ter um olhar para essas pessoas, se não a cidade não funciona. O futuro de Porto Alegre passa por uma mudança urbanística profunda nas periferias”, reiterou.
Ao explicar as linhas de ações do município, Melo destacou que a prefeitura tem de ser criativa na busca de soluções para as questões urbanas, considerando que não há verba suficiente para resolver todos os problemas identificados. “Nós fazemos muito, mas não há dinheiro para tudo”, apontou, citando os 70 contratos firmados de parcerias público-privadas (PPP) como meio de lidar com a situação.
Como exemplo, o prefeito falou sobre uma nova parceria a ser feita no setor de limpeza urbana, que buscará solucionar a questão do recolhimento de lixo na capital. Além desta, há também uma parceria no setor da educação, através da qual 99 escolas municipais devem ter sua gestão transferida para a iniciativa privada.
Melo falou, ainda, sobre a grande quantidade de obras presentes na capital, que são uma forma de revitalizar e cuidar do espaço público, segundo ele. “Vou mandar para a câmara uma mudança na lei, autorizando a execução de obras no período da noite”, compartilhou. “O transtorno provisório é um benefício bem mais longo depois”, explicou, trazendo os exemplos das obras de revitalização do Centro Histórico e do 4° Distrito.
Fios nas ruas
Durante a sua fala, Melo expôs questões relacionadas ao abastecimento de energia elétrica na capital. Um dos pontos abordados diz respeito à quantidade de fios que não são mais utilizados e permanecem nos postes pelas ruas de Porto Alegre. Sobre a situação, o prefeito informou que irá entrar com ações contra as companhias telefônicas, para que elas se responsabilizem pela retirada de seus respectivos fios.
Um outro ponto debatido foi o enterramento de fios, que, segundo o prefeito, é o padrão para construções na cidade nova. “Nenhum empreendimento novo será liberado se não for com fio enterrado”, disse. Também neste sentido, Melo contou que será feita uma parceria para enterrar fios, de forma a diminuir a poluição visual e os problemas de falta de energia elétrica decorrentes de fortes chuvas e ventos.
Também sobre o assunto, informou que está em busca de um acordo com a Ceee Equatorial para que a poda de árvores que ladeiam os fios de energia sejam de total responsabilidade da companhia, incluindo o descarte do material podado.