Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 5 de abril de 2022
Após haver reclamado, em julho de 2020, que teriam provocado “fricção” no Senado indicações para a diretoria da Aneel, o senador governista Marcos Rogério (PL-RO) não se fez de rogado e emplacou dois diretores na agência reguladora de energia elétrica. Os cargos são ambicionados pelos políticos porque dão muito poder aos seus ocupantes, e a quem os indica. As duas escolhas do senador são de advogados de Rondônia, tanto quanto Efraim Cruz, encontra-se de saída, em fim de mandato.
Choque de realidade
Um dos indicados, Fernando Mosna da Silva, é assessor no gabinete do próprio senador. Trata-se de um procurador neófito em eletricidade.
Que rei sou eu?
O outro indicado por Marcos Rogério, Ricardo Tili, andava encostado na diretoria da Eletronorte, perdido como cachorro em dia de mudança.
Viram presas fáceis
O risco de nomear despreparadas nas agências reguladoras é que viram presas fáceis para lobistas, que passam a influenciar suas decisões.
Triste trajetória
A Aneel tem histórico de privilegiar os interesses de empresas bilionárias do setor elétrico, em desfavor do pagador de impostos que a sustenta.
Em SP, 87% não têm candidato ao governo estadual
Levantamento do Paraná Pesquisas mostra que quase 87% dos eleitores de São Paulo afirmam espontaneamente não saberem em quem votarão para governador do Estado. Isso fica claro na parte do levantamento em que o eleitor é solicitado a manifestar sua intenção de voto. Indagado sobre em quem votariam para governador se a eleição fosse hoje, 70,5% afirmam não saber e 16,6% responderam “ninguém”. Os 87,1% mostram amplo espaço de crescimento para candidatos menos conhecidos.
Espaço para crescer
Murilo Hidalgo, do Paraná Pesquisas, destaca que Tarcísio Freitas (PL) e Rodrigo Garcia (PSDB), atual governador, ainda podem crescer muito.
Líder bolsonarista
O ex-ministro Tarcísio Freitas (PL) foi o mais citado nas referências espontâneas de intenção de voto: 5,4%. Haddad (PT) soma 3,5%.
Dados técnicos
Foram entrevistados 1.820 eleitores face-a-face em 78 municípios, entre 27 e 31 de março. O registro no TSE recebeu o n.º SP-07095/2022.
Complience tardio
O ex-quase-futuro presidente do conselho de administração da Petrobras foi abatido em pleno voo pelo compliance tardio do governo, que só verificou a ficha do distinto após sua indicação se tornar pública.
Partidinho naniquinho
Após o fim da janela (de infidelidade) partidária, o Rede Sustentabilidade continua o menor partido da Câmara, com apenas um representante: Joenia Wapichana (RR). Aliás, líder dela mesma.
Menos partidos
Após o fim da migração partidária de deputados, o total de partidos representados na Câmara dos Deputados caiu de 30, no início da legislatura, em 2019, para os atuais 23.
Propostas tentadoras
Com dificuldade para organizar o PP no Estado, o governador de Roraima, Antonio Denarium, é acusado de fazer propostas tentadoras a outros partidos, como o Podemos do ex-deputado Luciano Castro.
Número oficial
O painel Vacinômetro Covid-19 do Ministério da Saúde já registra 400 milhões de doses de vacinas aplicadas na população brasileira. O Brasil é o quinto país do mundo que mais aplicou imunizantes.
Ritmo
Desde PT (86) e PMDB (78), na eleição de 2010, um partido não conquistava uma bancada federal tão numerosa quanto o PL de Bolsonaro, com os atuais 73 deputados. Em 2023, muda tudo de novo.
Interesses e interesses
As conversas sobre possível aliança entre PSDB, União Brasil e MDB para candidato de “terceira via” continuam somente fantasia de algumas lideranças partidárias. Entre pré-candidatos, a ideia é rejeitada.
Maior acionista
O bilionário Elon Musk comprou 9,2% das ações do Twitter na bolsa e se tornou o maior acionista dessa rede social. Musk tem, por exemplo, o triplo das ações do fundador da empresa, Jack Dorsey.
Pensando bem…
…faltam 180 dias para a eleição, mas a campanha começou em janeiro de 2019.
PODER SEM PUDOR
A Batalha de Itararé
O ex-presidente FHC se diverti ao lembrar o dia em que destacou o embaixador Júlio César Gomes dos Santos, acusado no chamado escândalo Sivam, para atuar como mediador da crise Peru-Equador. “Engalanado e investido de poderes plenipotenciários” – recordou-se FHC, divertido, papeando com amigo – “ele não pôde cumprir a missão: acabou protagonizando uma autêntica Batalha de Itararé – aquela que não houve.” É que, de acordo com o relato do ex-presidente, o embaixador, ao desembarcar, foi acometido de uma diarreia que durou cinco dias.
(Com a colaboração de André Brito e Tiago Vasconcelos)