Quinta-feira, 02 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 30 de dezembro de 2024
Dos 1,1 mil imóveis funcionais, apartamentos e casas de propriedade da União, ocupados por servidores comissionados, em Brasília, mais de 11% têm o mesmo inquilino há mais de 12 anos. Ou sejam, pessoas que permanecem nos imóveis mesmo após o término dos governos e da vigência de suas nomeações. Seis ocupam os imóveis desde os anos 1970. Há caso de mesma família aboletada na mordomia desde 1973. Mais da metade (723) se localiza na Asa Sul, área muito valorizada.
Milênio passado
Também tem aqueles que, nomeados antes do ano 2000, até já aposentados, seguem desfrutando 51 imóveis funcionais como seus.
Daqui não saio
Como petista adora mordomia paga pelos outros, 60 deles ocupam os mesmos imóveis funcionais desde os dois primeiros mandatos de Lula.
O tempo passa
Imóveis funcionais de Brasília custam caro: 71% são ocupados há menos de 4 anos, o que inclui pessoas nomeadas no governo Bolsonaro.
Desde 1960!
JK instituiu esses móveis para estimular a transferência dos servidores para Brasília. E o pagador de impostos nunca mais se livrou da despesa.
Dívida cresce sob Lula mais que na pandemia
A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão do Senado que realiza o monitoramento das contas públicas, prevê que, sob o governo Lula (PT), a dívida pública crescerá 2,2 pontos, em 2025. Ou seja, especialistas da advertem que a chamada “Dívida Bruta do Governo Geral” vai representar 82,21% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas do País em um ano. Neste milênio, essa dívida superou a marca dos 80% só uma vez: em 2020, auge da pandemia.
Futuro obscuro
Este ano, o endividamento público é de 80,01%. O crescimento do PIB em 2025, segundo a IFI, será de apenas 1,8%.
Começo
No primeiro ano do governo Bolsonaro, a equipe econômica de Paulo Guedes reduziu a dívida pública de 75,3% para 74,4% do PIB.
Evolução difícil
No primeiro ano da pandemia, a dívida disparou para 86,9%. Em 2021, foi reduzida para 78,3% e em 2022 caiu para 73,5% do PIB.
Involução
No primeiro ano do governo Lula, a dívida pública explodiu em relação a 2022 e fechou o ano em 74,3% do PIB. A expectativa apenas do aumento é de quase 10% do que era há menos de dois anos.
País imóvel
Enquanto não se questionam as intromissões do STF no Legislativo, a patuléia se diverte com a fantasia de que emenda parlamentar é “dinheiro roubado”. E os negócios no governo (Lula!) seguem sem freio.
Primeira-grana
A descoberta do “gabinete paralelo” da primeira-dama Janja, com gastos de mais de R$ 1,2 milhão somente em viagens, fez o Janjômetro disparar antes da virada do ano: R$ 66,9 milhões é o novo total de gastos.
Faça o que digo
Em 2024, quem mais viajou no BNDES de avião, a forma mais poluente de transporte, foi Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática: ela fez 118 viagens durante este ano.
Politicando
Presidente praticamente eleito do Senado a partir de 2025, o senador Davi Alcolumbre (União-AP) deve virar o ano em Macapá (AP), onde anda anunciando até entregas de obras de prefeituras dos outros.
Vitória esparsa
O STF recebeu, em junho, a queixa-crime apresentada por Jair Bolsonaro contra o deputado André Janones (Avante-MG) por injúria. É uma das únicas vitórias do ex-presidente na Corte, este ano.
Férias abertas
A ministra Sonia Guajajara (Povos Indígenas) tirou férias logo antes do Natal, mas não tem data marcada para voltar ao trabalho, em Brasília, ao contrário de todos os outros ministros que tiraram férias no fim do ano.
Óbito registrado
O site oficial da operação Lava Jato (lavajato.mpf.mp.br), que era mantido pela Procuradoria-Geral da República (PGR), deixou de existir. Aparece como bloqueado na internet, sem nenhum dado da operação.
Pensando bem…
…é o fundo do poço e o fim do caminho para o Poder Legislativo: agora, é ministro do STF quem libera emenda parlamentar.
PODER SEM PUDOR
O brejo cresceu
O senador Eduardo Siqueira Campos (PSDB-TO), inveterado otimista, ainda acreditava nas chances de José Serra em 2002 e prometeu “lutar até as cinco da tarde de domingo”, no dia da eleição. Mas, logo antes da votação, um jornalista perguntou: “O senhor não acha que a vaca já foi pro brejo?” Ele respondeu na bucha: “Não, mas admito que deu uma paradinha. E o brejo está crescendo”.
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
@diariodopoder