Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 28 de setembro de 2021
Cientistas americanos desenvolveram uma vacina em forma de adesivo, criada via impressão 3D, que demonstrou oferecer maior proteção imunológica que a vacina intramuscular. A inovação foi desenvolvida por pesquisadores Universidade de Stanford e da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill (UNC-Chapel Hill) e testada em animais.
O estudo realizado pelos cientistas e publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences mostra que a resposta imune da vacina adesivo de microagulhas foi 50 vezes maior do que a vacina administrada sob a pele, e 10 vezes maior do que a vacina aplicada no músculo do braço. Os resultados são possíveis porque a pele está cheia de células do sistema imunológico que são o público-alvo do imunizante.
O adesivo, quadrado com 1 cm de lado, foi aplicado na pele e pressionado pelo polegar por dois segundos. Depois disso, ele foi deixado colado à pele por 24h.
Os autores do trabalham acreditam que a resposta imunológica intensificada pode levar à redução da quantidade de imunizante, com a vacina adesivo usando uma dose menor para gerar uma resposta imunológica semelhante à de uma vacina administrada com agulha e seringa.
Na visão de Joseph M. DeSimone, principal autor do estudo, e professor de medicina translacional e engenharia química na Universidade de Stanford e professor emérito da UNC-Chapel Hill, a nova tecnologia vai estabelecer uma base para o desenvolvimento global ainda mais rápido de vacinas que são aplicadas sem dor e sem gerar ansiedade.
Esta inovação abre caminho para uma nova geração de imunizantes menos invasivos e que podem ser autoadministrados, diminuindo o sofrimento de quem tem medo de agulha.
Vacina Clover
Os estudos de fase 3 da vacina Clover, da fabricante chinesa Sichuan Clover Biopharmaceutical, mostraram 100% de eficácia contra casos graves e hospitalização para qualquer cepa circulante do novo coronavírus. A eficácia contra casos leves e moderados foi de 84% — sendo de 79% para Delta e 92% para Gama, as variantes que circulam no Brasil.
A pesquisa, que começou em março passado, foi realizada com 30 mil voluntários em cinco países, em quatro continentes, incluindo o Brasil. Os resultados já foram enviados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A coordenadora dos testes no Brasil, Sue Ann Costa Clemens, ressalta que além da alta eficácia o destaque da nova vacina é atuar contra as variantes que mais preocupam.
“Isso é importante porque, no geral, as vacinas foram desenvolvidas para mostrar eficácia contra a cepa original. Todos os casos positivos que surgiram ao longo do estudo foram sequenciados e não foi detectado nenhum da cepa original, em nenhum país. Isso mostra que essa ela foi substituída a nível mundial em apenas um ano”, afirma Clemens.
Dos casos positivos, 38% foram provocados pela variante Delta, 25% pela MU, 9% pela Gama e 8% pela beta, entre outros.