Quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Terceira via não tem chances em 2026, diz pesquisa

O levantamento nacional divulgado pelo Paraná Pesquisas comprova o que já se considerava nos meios políticos: a chamada “terceira via” na disputa pela Presidência é uma fantasia. Se a eleição fosse hoje, o presidente Lula se manteria no cargo com folga em todos os cenários, a não ser contra Jair Bolsonaro (22,1% a 14,3% na espontânea), que está inelegível desde junho. Nos cenários avaliados, apenas os ‘herdeiros’ do ex-presidente registram dois dígitos, em eventual disputa em 2026.

Herdeiros no páreo
Lula tem 37,6% contra o governador paulista Tarcísio de Freitas (18,9%), e o mesmo resultado contra Romeu Zema (Novo), que registrou 15,3%.

Tebet estacionada
Terceira colocada em 2022, a ex-senadora e ministra Simone Tebet (Planejamento) aparece entre 8% e 9% em todos os cenários.

Presidente de quem?
Presidente do Paraná Pesquisa, Murilo Hidalgo reconhece a fragilidade da terceira via: “Quem esses candidatos representam?”, pergunta.

Representam mesmo
“Enquanto ninguém tiver posições firmes e representar a população como Jair Bolsonaro e Lula, ninguém terá chances”, avaliou Hidalgo.

Alcolumbre e Planalto estão perto do ‘divórcio’
A eleição para a Presidência do Senado será somente em 2025, mas já mobiliza parlamentares e causa ruídos entre o governo Lula e um dos principais nomes na disputa, Davi Alcolumbre (União-AP). O senador esperava apoio do Planalto para suceder a Rodrigo Pacheco (PSD-MG) no comando da Casa, mas, ao menos neste momento, o governo Lula tem outros planos, apoiar um candidato do MDB. Mesmo o prometido apoio de Pacheco a Alcolumbre corre o risco de não se concretizar.

Hora da poda
Com três ministérios sob influência do senador, o Planalto não quer ampliar o poder de Alcolumbre com eventual presidência do Senado.

Trocas
Alcolumbre não descarta troca de partido para facilitar e eleição. O União Brasil desidratou ao longo da legislatura, ao passo que o MDB cresceu.

Nomes
O PSD estuda lançar candidatura de Otto Alencar (BA). No MDB, os mais cotados são Eduardo Braga (AM) e o notório Renan Calheiros (AL).

Chove no molhado
Em nada deve mudar no PSDB a decisão judicial que anulou mandato de Eduardo Leite no comando do partido. Como ainda há recurso, a nova eleição, prevista para novembro, sai antes da decisão final da Justiça.

Cortar na carne
“Se não houver um esforço extra para enxugar a máquina e cortar gastos, o resultado fiscal será desastroso”, avalia Vivien Suruagy, da Feninfra, que representa o setor de call center e infraestrutura de telecomunicações, com 2,5 milhões de empregados.

Visão distinta
“Tenho certeza de que a melhor coisa que poderia acontecer ao povo palestino é o desaparecimento total do Hamas”, escreveu no ‘X’ o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, de ascendência… palestina.

Muito a explicar
O ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) deve aparecer nesta semana no Senado para explicar a atitude condescendente do Brasil aos terroristas do Hamas e por que o Itamaraty não cita os criminosos.

Falta formalizar
Continua sem formalização nos boletins administrativos da Câmara e no Diário Oficial da União a demissão de Sayid Marcos Tenório, exonerado após ridicularizar uma israelense capturada por terroristas do Hamas.

Gilson no páreo
Gilson Machado, ex-ministro do Turismo de Jair Bolsonaro, deve mesmo disputar a Prefeitura do Recife pelo PL. Nas últimas eleições, quando disputou o Senado, teve quase 324 mil votos na cidade.

Escanteadas
O recurso gasto com políticas para mulheres, entre janeiro e setembro, somou R$224 bilhões. O montante responde por 8,3% do total do orçamento. É o menor índice dos últimos três anos.

Calorão
A agência norte-americana NOAA diz que 2023 deve ser o ano mais quente já registrado. Setembro já tem a marca como mês mais quente em 174 anos de registros globais, diz a agência.

Pergunta no dicionário
A ministra do Meio Ambiente tentar culpar o ex-presidente pelos incêndios este mês é, no mínimo, ginástica verbal.

PODER SEM PUDOR
Malícia política

Implacável na liderança da UDN, Carlos Lacerda interpelou Antonio Carlos Magalhães, o ACM, da corrente “Chapa Branca” do partido, sobre uma visita ao “inimigo”, o presidente JK. Ele confirmou o papo às dez da manhã e observou, cheio de malícia: “…antes de mim, esteve por lá, às sete horas, o Magalhães Pinto.” Referia-se ao presidente da UDN. “A raiva de Lacerda passou para o outro Magalhães”, divertia-se o babalaô baiano, ao lembrar o caso no livro “ACM fala de JK”.

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

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