Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação Rádio Pampa | 15 de janeiro de 2025
O TikTok planeja fechar seu aplicativo para usuários dos Estados Unidos a partir de domingo (19), quando poderá entrar em vigor uma lei federal proibindo a ferramenta de mídia social no país. A alternativa para evitar que isso aconteça depende de a Suprema Corte dos EUA tomar medidas para bloquear essa lei, segundo fontes citadas pela agência Reuters.
O presidente Joe Biden assinou, em abril do ano passado, uma lei exigindo que a ByteDance venda seus ativos nos EUA até 19 de janeiro de 2025 ou enfrente uma proibição nacional.
Agora, o destino do aplicativo de vídeos curtos está nas mãos da Suprema Corte, que, na semana passada, pareceu inclinada a manter a lei, apesar dos apelos do presidente eleito Donald Trump e de legisladores para estender o prazo. Trump, cuja posse ocorre no dia seguinte à entrada em vigor da lei, afirmou que deveria ter tempo, após assumir o cargo, para buscar uma “resolução política” para o problema.
A Reuters ressalta que, caso se confirme a intenção do TikTok, o resultado da medida seria diferente do estipulado pela lei, que determinaria a proibição apenas de novos downloads do app nas lojas da Apple ou do Google, enquanto os usuários existentes poderiam continuar utilizando o aplicativo por algum tempo. Os serviços da plataforma se degradariam e, eventualmente, parariam de funcionar, pois outras empresas seriam proibidas de fornecer suporte ao TikTok.
De acordo com o plano do TikTok, indicam as fontes citadas na reportagem, as pessoas que tentarem abrir o aplicativo visualizarão uma mensagem pop-up direcionando-as para um site com informações sobre a proibição.
A empresa também planeja oferecer aos usuários a opção de baixar todos os seus dados, para que possam manter um registro de suas informações pessoais, disseram as fontes.
Procurados pela Reuters, tanto o TikTok quanto sua controladora chinesa, a ByteDance, não responderam aos pedidos de comentários.
A Reuters lembra que TikTok e ByteDance tentaram adiar a implementação da lei, que, segundo eles, viola a proteção da Primeira Emenda da Constituição dos EUA contra restrições governamentais à liberdade de expressão. Em uma audiência no mês passado, o TikTok disse estimar que um terço dos 170 milhões de americanos usam seu aplicativo e deixariam de acessá-lo se a proibição durasse um mês.
Salários garantidos
O TikTok planeja continuar pagando os funcionários nos Estados Unidos, mesmo que a Suprema Corte não anule a lei que determina a venda do aplicativo no país ou o proíba, segundo um memorando interno ao qual a Reuters teve acesso. A plataforma de vídeos curtos extremamente popular possui 7 mil funcionários nos EUA.
“Não posso enfatizar o suficiente que o seu bem-estar é uma prioridade máxima e, mais importante, quero reforçar que, como funcionários nos EUA, seu emprego, salário e benefícios estão garantidos, e nossos escritórios permanecerão abertos, mesmo que essa situação não seja resolvida antes do prazo de 19 de janeiro”, dizia o memorando enviado aos funcionários do TikTok.
O memorando acrescenta:
“Nossa equipe de liderança continua totalmente focada no planejamento para diversos cenários e em traçar o caminho a seguir. A lei não foi redigida de forma a impactar as entidades através das quais você é empregado, apenas a experiência do usuário nos EUA”.