Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 6 de fevereiro de 2022
A influência do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia é apontada como responsável pela queda do candidato João Doria (PSDB) nas pesquisas. Tucanos leais a Doria estão convencidos de que o objetivo de Maia não é ajudar a eleger o governador de São Paulo presidente, mas usá-lo no projeto prioritário de ajudar a derrotar Jair Bolsonaro. Após Maia virar coordenador da campanha, Doria despencou de quase 6% para os atuais 2,7%, de acordo com dados do Paraná Pesquisas.
Principal inimigo
Maia teria convencido Doria a “bater” em Bolsonaro e a poupar Lula, o “ex-corrupto”, apesar de o eleitorado do governador ser antipetista.
Usando Doria
Se a estratégia de Maia é usar Doria para prejudicar Bolsonaro, talvez alcance o seu objetivo. Mas vai derrotar Doria também.
Quadro idêntico
Doria venceu eleições difíceis, para prefeito e governador, iniciando a campanha bem atrás nas pesquisas. Promete repetir a dose este ano.
Longe da derrota
Reeleito em 2018 a duras penas, Rodrigo Maia cavou uma posição na campanha de Doria para não correr risco de derrota no Rio de Janeiro.
No Brasil, 97% acima de 55 anos já têm 2 doses
O desempenho da campanha nacional de vacinação contra a covid no Brasil faz inveja até aos países nórdicos da Europa. Entre os brasileiros mais velhos, a partir dos 55 anos, que são os mais vulneráveis a efeitos graves do coronavírus, 96,6% já receberam pelo menos duas doses de vacinas. A cobertura vacinal vai a mais de 98,2% entre os brasileiros com mais de 80 anos de idade. Os números são do painel de acompanhamento da vacinação do Ministério da Saúde e do IBGE.
Levam o caneco
Entre pessoas de 65 a 69 anos, 99% já têm cobertura vacinal completa: são mais de 7,5 milhões de homens e mulheres com duas doses.
Chupa, Finlândia
Dos brasileiros na faixa entre 50 e 54 anos, 88% já têm duas doses, resultado muito superior à Finlândia, país quase 40 vezes menor.
Sucesso
No grosso da força de trabalho brasileira, entre 20 e 49 anos, mais de 76% já receberam ao menos duas doses de imunizantes.
Próximas vagas
Após o ministro Marco Aurélio, o próximo a deixar o Supremo Tribunal Federal (STF) será Ricardo Lewandowski, em maio de 2023. Cinco meses depois será a vez da ministra Rosa Weber, em 2 de outubro.
Trair e coçar…
Deputados federais contam os dias para a próxima “janela partidária”, período em que podem trocar de partidos sem punição por infidelidade. Este ano, a janela se abre entre 3 de março e 1º de abril.
Tipo 22×1
O grupo verificado de Bolsonaro no Telegram acumula 1,04 milhão de seguidores, que recebem mensagens no celular sem filtros da patrulha ideológica ou das redes. O grupo de Lula é 22 vezes menor: 47,5 mil.
Resistência à censura
Oposicionistas não gostam do Telegram porque ali Bolsonaro não terá posts censurados. O Telegram não tolera censura. Já o Facebook, que adotou patrulha ideológica como regra, agora está a caminho do brejo.
Não ao vírus
O deputado José Medeiros (Pode-MT) levantou ponto importante sobre o passaporte vacinal obrigatório. “Autoriza entrada de indivíduo em qualquer estabelecimento, mesmo estando contaminado com o vírus”.
Especialista de verdade
Ao contrário das profecias do apocalipse, o epidemiologista Pedro Hallal, da Universidade Federal de Pelotas, acertou em cheio: a curva de transmissão da omicron começou a cair após algumas semanas.
Ferro de sobra
O agronegócio brasileiro é o grande motor da economia, mas o minério de ferro é o produto mais exportado pelo país. Segundo a Logcomex, foram mais de US$37 bilhões exportados em 2021, à frente da soja.
Fora do eixo
O ministro Tarcísio Freitas (Infraestrutura) comemorou a revitalização de 71km entre Aguiarnópolis e Wanderlândia, no Tocantins. A obra beneficia 300 mil pessoas, mas esse Brasil é invisível nas pesquisas.
Pensando bem…
…fake news em campanha eleitoral é pleonasmo.
PODER SEM PUDOR
Marcação cerrada
Quando o presidente Jânio Quadros renunciou, o vice João Goulart visitava a China e os militares diziam não aceitar sua posse. Até democratas sinceros pediam a desistência de Jango. Já em Paris, na viagem de volta, ele recebeu um telefonema preocupado de Juscelino Kubitschek, advertindo que o País estava “à beira de uma guerra civil”. O senador Barros Carvalho, que acompanhava João Goulart, tomou o telefone e calou JK: “Não haverá renúncia. Eu não vou deixar. Agarro as mãos do presidente e não largo, mas ele não assina a renúncia!”
(Com colaboração de André Brito e Tiago Vasconcelos)