Sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Tumba de Salomé: Israel revela gruta que teria sido de parteira de Jesus

As autoridades israelenses revelaram nesta semana “uma das grutas funerárias mais impressionantes” já descobertas no país do Oriente Médio, que teria cerca de 2 mil anos e que foi designada como “o túmulo de Salomé”, uma das parteiras presentes no nascimento de Jesus, de acordo com certas correntes do cristianismo.

O local foi encontrado há 40 anos por saqueadores de antiguidades na floresta de Lachish, localizada entre Jerusalém e a Faixa de Gaza, o que levou a escavações arqueológicas que revelaram uma imensa esplanada que atesta a importância desta gruta funerária, segundo os arqueólogos.

O local, onde foram encontradas caixas com ossos, inclui vários cômodos e nichos escavados na pedra.

É uma das grutas mais “impressionantes” e “elaboradas” descobertas em Israel, de acordo com a Autoridade de Antiguidades (AIA).

Primeiro foi usada para ritos fúnebres judaicos e pertenceu a “uma rica família de judeus que se esforçou muito para preparar a gruta”, disse a mesma fonte.

Mais tarde, o local se tornou uma capela cristã dedicada à Salomé, fato atestado pela presença de cruzes e uma dezena de inscrições gravadas nas paredes que a ela se referem.

“Salomé é uma figura misteriosa”, enfatizou a AIA. “De acordo com a tradição cristã (ortodoxa), a parteira de Belém não acreditou que lhe pediram para ajudar a dar à luz uma virgem, sua mão então secou e só se curou quando segurou o bebê”, explicou o organismo.

O culto de Salomé e o uso do local continuaram até o século IX, após a conquista muçulmana, disse a AIA.

“Algumas das inscrições foram escritas em árabe, enquanto os crentes cristãos continuaram a rezar no local”, disse ainda a AIA em nota.

A escavação da esplanada, que se estende por 350 metros quadrados, revelou tendas que, segundo os arqueólogos, ofereciam lamparinas de barro.

“Encontramos centenas de lamparinas completas e quebradas que datam dos séculos VIII-IX.Talvez as lâmpadas fossem usadas para iluminar a caverna, ou para cerimônias religiosas, da mesma forma que as velas são distribuídas hoje em túmulos e igrejas”, disseram Nir Shimshon-Paran e Zvi Firer, diretores das escavações do AIA no sul de Israel.

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